29.8.06
>> Atividade física no tratamento da síndrome de Down.
A atividade física para portadores de necessidades especiais é muito importante no processo de inclusão social destas pessoas, pois auxilia na socialização, melhora o equilíbrio emocional e também ajuda prevenir doenças congênitas que por acaso venham a atingir estes indivíduos. Estudos mostram que pessoas com deficiências, notadamente os portadores da síndrome de Down, tendem a se tornar sedentários, levando-os a desenvolverem problemas como obesidade, diabetes, colesterol e triglicérides altos,hipertensão e doenças cardíacas. O estudo lembra que os portadores desta anomalia têm tendência natural a uma compulsão alimentar, o que pode levar a uma alta do peso corporal. Também apresentam uma pré-disposição à doenças do coração. Por isso, especialistas afirmam ser fundamental que os portadores da síndrome sejam estimulados desde criança à prática regular de alguma atividade física. Os exercícios mais indicados para quem tem esta necessidade especial são: a caminhada, a corrida,a natação, andar de bicicleta e a dança. São atividades que podem ser feitas sem grandes dificuldades por estas pessoas e vão ajudar a uma melhora da condição corpórea, prevenindo doenças provocadas por uma vida sedentária e ajudando a melhorar a auto-estima e o equilíbrio emocional dos portadores da síndrome de Down.
>> Fuja do sedentarismo e ganhe saúde.
A falta de exercícios sempre esteve associada a doenças e a fatores de risco para a saúde. Hoje, a própria Organização Mundial da Saúde revela dados que mostram que morrem por ano nos Estados Unidos, cerca de 250 mil pessoas por problemas decorrentes da ausência de atividade física. O indivíduo sedentário tem maior probabilidade de desenvolver problemas do aparelho cardiorrespiratório e circulatório. Outra má notícia é que os sedentários têm ainda maior predisposição a vários tipos de câncer, como o de cólon, pâncreas, rim e mama. Doenças do sistema endócrino, como o diabetes do tipo 2 e a obesidade, que tem se tornado um verdadeiro flagelo atingindo milhões de pessoas em todo o mundo, também poderiam ser combatidas com a prática regular de exercícios. Patologias como mal de Parkinson, Alzheimer e esclerose múltipla também poderiam ser prevenidas desta forma. A pratica sistemática de atividade física demonstra evidências de melhora do sistema cardiovascular, pois diminui de colesterol total e aumentando as frações do HDL , também chamado de o “bom” colesterol.
28.8.06
>> Pílula do dia seguinte tem venda liberada nos EUA.
Após anos de debates, o governo americano autorizou nesta quinta-feira a venda livre da `pílula do dia seguinte` para maiores, apesar da feroz oposição da direita cristã. "A FDA (Food and Drug Administration, agência que regula os alimentos e os medicamentos nos Estados Unidos) anunciou a aprovação da chamada Plano B, uma pílula anticoncepcional, com uma Opção de Venda Livre (OTC) para mulheres de 18 anos ou maiores. A Plano B é conhecida como um método anticoncepcional de emergência ou como `a pílula do dia seguinte`", informou a agência em um comunicado. A Plano B, cujo componente químico é 0,75 mg de levonorgestrel, poderá ser adquirida por menores de 18 anos com prescrição médica, acrescentou. "A Duramed, subsidiária da Barr Pharmaceuticals, distribuirá a Plano B com um programa rigoroso de etiquetagem, embalagem, educação, distribuição e controle", emendou a FDA. A `pílula do dia seguinte`, um meio anticoncepcional eficaz nas 72 seguintes a uma relação sexual sem proteção, já estava disponível sob prescrição médica desde 1999 nos Estados Unidos, onde é comercializada pelos laboratórios Barr. Em 2003, uma comissão da FDA havia recomendado que este medicamento fosse de venda livre para mulheres adultas. Mas devido a uma forte oposição da direita cristã contra o aborto, a agência desistiu da proposta. O debate foi relançado no verão (boreal) passado pelo novo diretor da FDA, Andrew von Eschenbach, sob pressão política. Depois de um longo processo no qual se considerou a opinião de vários especialistas, a FDA finalmente autorizou oficialmente, nesta quinta-feira, a venda livre da `pílula do dia seguinte` para as mulheres adultas e para menores de 18 anos com prescrição médica. O presidente americano, George W. Bush, defensor da abstinência sexual antes do casamento, havia aprovado a decisão indiretamente. "Considero que deve ser obrigatória uma receita para que as menores obtenham a Plano B", disse na segunda-feira, afirmando que apóia as decisões de Von Eschenbach. "Esta decisão, que deveria ter sido tomada há muito tempo, é uma vitória para a saúde das mulheres", reagiram em um comunicado as senadoras democratas Hillary Clinton e Patty Murray. "Também é um momento importante para (...) mostrar que a FDA retornará a seu objetivo, que é colocar a ciência à frente da ideologia", acrescentaram. Já da parte dos militantes contrários ao aborto, considerou-se "muito inquietante que a FDA tenha sacrificado a saúde das mulheres em nome da política", segundo declarou o presidente do Conselho de Pesquisa sobre a Família, Tony Perkins, que estuda levar o caso aos tribunais. "Lamentavelmente, nossa cultura pop moderna estimula as mulheres a tratarem sua fertilidade como uma doença", acrescentou Kimberly Zenarolla, vice-presidente do Centro Nacional de Ação pela Vida. No entanto, a venda livre não garante acesso irrestrito ao medicamento, principalmente nas cidades pequenas. Em março passado, a Wal-Mart, maior rede varejista do mundo, consentiu, depois de anos de procedimentos jurídicos, que a pílula seja vendida em suas farmácias americanas. No entanto, seus farmacêuticos estão amparados por uma cláusula de consciência e podem se negar a vendê-la.
>> Cigarro acelera envelhecimento da pele, diz estudo.
São Paulo - A vaidade é o novo argumento dos médicos no combate ao fumo. Estudo da Santa Casa de São Paulo quantificou o envelhecimento da pele com a ação do cigarro. E calculou as chances de o fumante ter problemas estéticos com a idade.Uma das conclusões da pesquisa da Santa Casa tem tudo para perturbar até os menos vaidosos - o envelhecimento facial do fumante é 3,5 vezes mais rápido em relação ao não fumante. "Queremos usar a estética para atingir o fumante", diz o dermatologista Marcus Maia, coordenador do trabalho, publicado na última edição dos Anais Brasileiros de Dermatologia, maior referência científica brasileira na área. "Há anos coordeno campanhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia e não vejo progressos, o número de fumantes nunca cai significativamente." A dermatologista Mirian Marques, médica-assistente da Central de Laser do Instituto do Coração (Incor), concorda. "Tenho muitas pacientes que só pararam de fumar quando souberam que o cigarro envelhece."Rugas profundas ao redor dos olhos, da boca e nas bochechas são os primeiros sintomas da ação do cigarro. "Na pele do fumante, a fase das ruguinhas quase nunca existe. Os primeiros sinais são vincos grossos", conta Maia.Vaso Apertado - O cigarro provoca vasoconstrição - um só cigarro mantém o vaso contraído por cerca de 90 minutos. Com menos espaço para o sangue circular, a pele recebe menos oxigênio e as rugas se formam. Não só isso. A diminuição na quantidade de sangue faz com que a pele fique desbotada.A falta de sangue também age na camada de gordura da pele, que fica embaixo da derme. Com menos oxigênio, o número de células gordurosas diminui. No rosto, isso não é bom, já que a gordura ajuda na sustentação da pele. O resultado são ossos saltados e bochechas aprofundadas.Uma das explicações para a vasoconstrição é a nicotina agir no sistema nervoso simpático, região responsável pela estimulação de ações que permitem ao organismo responder a situações de estresse, como aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão e da adrenalina.A nicotina também estimula a agregação das plaquetas, parte do sangue responsável pela coagulação. Na prática, o sangue fica mais viscoso e com mais dificuldade de circular.O estudo da Santa Casa analisou 77 voluntários com idade de 40 a 60 anos. A maioria fumava havia mais de dez anos. Os grupos foram divididos por duas cores de pele, branca e negra. Os negros são mais resistentes às rugas. "A pele negra tem mais melanina (pigmento que faz as vezes de filtro solar) e colágeno (camada de sustentação da pele)", explica Mirian, do Incor. "O cigarro afeta a fabricação do colágeno."Não há dados exatos sobre a reversibilidade das rugas. "A vasoconstrição pode melhorar um pouco depois de alguns meses sem nicotina no corpo. Mas o colágeno não é mais reconstituído", alerta Mirian.A analista de sistemas Eliana Ponte, de 45 anos, que parou de fumar há um ano, sentiu algumas diferenças. "Não vi diferença nas rugas. Mas ganhei cor."
25.8.06
>> Serra acusa PT de desviar recursos da Saúde para outras áreas.
SÃO PAULO - O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, acusou o governo petista de desviar recursos destinados à saúde para outras áreas, como o Bolsa Família. "O governo federal tem desviado recursos; o Tribunal de Contas demonstrou. Só para o Bolsa Família foram desviados R$1,6 bilhões; nada contra o Bolsa Família, mas não é gasto de saúde", disse o tucano ao ser sabatinado no auditório do Grupo Estado.
Serra ainda alfinetou: disse que a melhor coisa que o PT faria no campo da saúde pública seria "o Ministério da Saúde cumprir, e não descumprir, a emenda constitucional, que eu mesmo coordenei a aprovação, que assegura gastos mínimos da União, dos estados e dos municípios."
O candidato defendeu o restabelecimento de mutirões de cirurgia de catarata que, segundo ele, foram suspensos. "Nós estávamos operando 300 mil pessoas por ano no Brasil, agora vai cair para 100 mil, que não dá conta se quer do aumento vegetativo destas pessoas com problema de catarata".
Serra condenou, também, a atuação do governo federal em relação aos medicamentos genéricos. Ele afirmou que na sua gestão "um medicamento genérico era examinado em coisa de três, quatro meses, isso passou para um ano agora". "Tudo aquilo que eu fazia no Ministério da Saúde e tinha muito a marca minha, foi deixado de lado".
Medicamentos
O candidato negou uma possível integração entre o programa de entrega domiciliar de medicamentos, efetuado pela prefeitura e o programa de Farmácia Popular, do governo federal, classificando ultimo com "cosmético". "Nós distribuímos na prefeitura 174 medicamentos. É quatro vezes maior que a maior lista que tem no Brasil." Segundo ele, uma pesquisa do Ibope apontou que 94% consideram ´ótima e boa´ a distribuição de medicamentos na cidade de São Paulo e as Amas (atendimento médico ambulatorial), "que é um misto de pronto-socorro e unidade básica de saúde", tem aprovação de 92%. Comentou, ainda, que as Amas são parcerias com entidades como Santa Marcelina, Unisa, Unifesp, Fundação Zerbini.
Ainda sobre o tema medicamentos, Serra retomou sua atuação no Ministério da Saúde,"nós criamos a Farmácia Básica - R$1 município, R$1 estado, R$1 União por habitante. Com o que foi gasto nessa Farmácia Popular dava para mais do que duplicar a Farmácia Básica, sem ter o mesmo efeito eleitoral. Na Farmácia Básica é o Estado ou o Município que distribuem. Nós fizemos muito isso, mas essa não é a ótica do governo federal".
O candidato afirmou que "o problema do interior é esse, é o da distância" e defendeu criação ou recriação de 20 ambulatórios regionais, "pra começar, para poder atender especialidades e tudo mais, no interior todo".
Segundo Serra, as Santas Casas respondem por 50% dos leitos ofertados pelo SUS nos hospitais. "São Paulo é o estado, de longe, onde a filantropia séria tem mais peso. E as Santas Casas estão estranguladas por causa das transferências do SUS. Foi um movimento contrário ao que aconteceu no ministério". Defendeu um sistema de financiamento público das dívidas das Santas Casas, dando como exemplo, mais uma vez, sua gestão no Ministério da Saúde, "criamos aquilo que a imprensa chamou de Proer das Santas Casas". Esse programa incluiria renegociação das dívidas e subsídio das taxas de juros, "exigindo modernização administrativa como contrapartida".
Serra ainda alfinetou: disse que a melhor coisa que o PT faria no campo da saúde pública seria "o Ministério da Saúde cumprir, e não descumprir, a emenda constitucional, que eu mesmo coordenei a aprovação, que assegura gastos mínimos da União, dos estados e dos municípios."
O candidato defendeu o restabelecimento de mutirões de cirurgia de catarata que, segundo ele, foram suspensos. "Nós estávamos operando 300 mil pessoas por ano no Brasil, agora vai cair para 100 mil, que não dá conta se quer do aumento vegetativo destas pessoas com problema de catarata".
Serra condenou, também, a atuação do governo federal em relação aos medicamentos genéricos. Ele afirmou que na sua gestão "um medicamento genérico era examinado em coisa de três, quatro meses, isso passou para um ano agora". "Tudo aquilo que eu fazia no Ministério da Saúde e tinha muito a marca minha, foi deixado de lado".
Medicamentos
O candidato negou uma possível integração entre o programa de entrega domiciliar de medicamentos, efetuado pela prefeitura e o programa de Farmácia Popular, do governo federal, classificando ultimo com "cosmético". "Nós distribuímos na prefeitura 174 medicamentos. É quatro vezes maior que a maior lista que tem no Brasil." Segundo ele, uma pesquisa do Ibope apontou que 94% consideram ´ótima e boa´ a distribuição de medicamentos na cidade de São Paulo e as Amas (atendimento médico ambulatorial), "que é um misto de pronto-socorro e unidade básica de saúde", tem aprovação de 92%. Comentou, ainda, que as Amas são parcerias com entidades como Santa Marcelina, Unisa, Unifesp, Fundação Zerbini.
Ainda sobre o tema medicamentos, Serra retomou sua atuação no Ministério da Saúde,"nós criamos a Farmácia Básica - R$1 município, R$1 estado, R$1 União por habitante. Com o que foi gasto nessa Farmácia Popular dava para mais do que duplicar a Farmácia Básica, sem ter o mesmo efeito eleitoral. Na Farmácia Básica é o Estado ou o Município que distribuem. Nós fizemos muito isso, mas essa não é a ótica do governo federal".
O candidato afirmou que "o problema do interior é esse, é o da distância" e defendeu criação ou recriação de 20 ambulatórios regionais, "pra começar, para poder atender especialidades e tudo mais, no interior todo".
Segundo Serra, as Santas Casas respondem por 50% dos leitos ofertados pelo SUS nos hospitais. "São Paulo é o estado, de longe, onde a filantropia séria tem mais peso. E as Santas Casas estão estranguladas por causa das transferências do SUS. Foi um movimento contrário ao que aconteceu no ministério". Defendeu um sistema de financiamento público das dívidas das Santas Casas, dando como exemplo, mais uma vez, sua gestão no Ministério da Saúde, "criamos aquilo que a imprensa chamou de Proer das Santas Casas". Esse programa incluiria renegociação das dívidas e subsídio das taxas de juros, "exigindo modernização administrativa como contrapartida".
>> Medicamento é 2º item mais importado pelo correio.
Rio de Janeiro - Estudo realizado de janeiro a setembro do ano passado na Agência Central da Empresa de Correios e Telégrafos do Estado de São Paulo mostra que medicamentos para uso próprio são o segundo item mais importado por remessa postal em oito Estados, atrás apenas de alimentos: foram 7.404 casos de remédios e 11.979 de alimentos. Com a nova tendência, surgiram também as irregularidades, como a compra de anabolizantes, proibido no Brasil, e o envio de produtos fora da embalagem e até sem data de validade.Orientadora da pesquisa, Gisélia Santana Souza (UFBA) diz que todo medicamento traz um risco inerente, especialmente quando é comprado por meio eletrônico. Ela observa ainda que o fato de ser um produto para uso próprio pode facilitar a ocorrência de infrações, já que o cidadão está constitucionalmente protegido pelo direito individual. "O Código Postal Internacional diz que a correspondência é inviolável. Mas o Estado tem o poder de intervir quando necessário. Geralmente, só é possível abrir as mercadorias na presença da pessoa que solicitou a encomenda", diz. Ela acrescenta que há "uma quantidade excessiva" de casos nos quais os pacientes afirmam que o medicamento é para uso próprio, quando, na verdade, é para comercialização.Segundo Sueli Aparecida Kurihara, autora do estudo apresentado no 11º Congresso Mundial de Saúde Pública, no Riocentro, é possível descobrir se o produto é para comercialização analisando a quantidade importada, a periodicidade do pedido, além de nomes e endereços. "Há casos em que várias pessoas importam um mesmo produto e moram no mesmo endereço", explica ela, que analisou as informações registradas em formulários enviados para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As mercadorias passam por uma triagem e, no caso dos medicamentos, sempre passam por um controle sanitário, feito por técnicos da área. Para retirá-la é imprescindível a apresentação da receita médica.No período analisado, foram importados 22.203 itens, entre medicamentos, alimentos, produtos para a saúde (como seringa, catéter) e saneantes. O Rio, com 12.423, lidera a lista, seguido por São Paulo, com 8.166. Porém, quando se analisa o total de mercadorias retidas, 2.486, São Paulo fica na dianteira, tendo barrado 1.892 produtos, contra 548 do maior importador, que é o Rio.Considerando-se apenas os medicamentos, São Paulo surge novamente como mais rigoroso na liberação da mercadoria. Importou 3.204 e vetou 1.227. No Rio, foram 3.690 pedidos, sendo que 183 ficaram retidos na fiscalização. Além da razões já citada, há casos nos quais o medicamento não é liberado por desobedecer regras de acondicionamento. "Há situações nas quais o produto precisa ser mantido numa determinada temperatura", detalha Sueli.
24.8.06
>> Tabagismo: estudos revelam novos perigos.
Neste 29 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Fumo, o vício em cigarro ganha matizes mais perversos de acordo com novos estudos apresentados nos 11o. Congresso Mundial de Saúde Pública e no 8o. Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, realizados até 25/08, no Riocentro.
Mais pobres
A pesquisa de Dyego Leandro Bezerra de Souza prova que o consumo de cigarro debilita saúde e renda dos mais pobres. Além de estragos na saúde, o hábito de fumar em pessoas com renda familiar de R$ 320,00, o gasto com cigarros pode comprometer até 17.26% do orçamento familiar. Justamente essa parcela da população é a que menos tem condições de arcar com os custos de tratamento de doenças gerados pelo fumo.
O estudo acompanhou 82 fumantes com baixa condição de renda, com idades entre 20 e 59 anos, homens e mulheres em sua maioria pertencentes às classes D e E. A média foi de 19 cigarros por dia e o tempo de consumo de 26 anos.
Para os autores do trabalho, o consumo do cigarro atinge em cheio o orçamento familiar e compromete significativa parte da renda - que poderia ser destinada a gastos com alimentação, educação e assistência á saúde.
Cigarro light
Outro estudo, feito em 14 capitais do Brasil com quase 20 mil estudantes mostra que eles acreditam no "conto do cigarro que não faz mal à saúde", o cigarro light.
Letícia Casado Costa alerta que adolescentes fumantes e não-fumantes acreditam que cigarros de baixos teores de alcatrão e nicotina fazem menos mal à saúde. Por isso, esse tipo de cigarro atualmente é o mais fumado entre os pesquisados.
Eles também foram contabilizados numa pesquisa mundial com escolares que analisa os fatores que estão associados à iniciação ao tabagismo.
No Brasil, o trabalho sobre tabagismo foi conduzido por uma equipe do Instituto Nacional do Câncer, que levantou dados de 19.217 alunos de 339 escolas públicas e particulares de 14 estados brasileiros. Os alunos eram de 7ª e 8ª séries do ensino fundamental e da 1ª série do ensino médio.
Em algumas capitais, como João Pessoa, na Paraíba, a preferência por cigarros de baixo teor teve percentual de 63.7% entre os estudantes entrevistados, enquanto em Palmas, no Tocantins, 53.6% de escolares fumantes responderam como verdadeira a afirmativa "pessoas que fumam cigarros com baixos teores de alcatrão e nicotina - os chamados cigarros light, suaves, leves - têm menos doenças causadas pelo cigarro do que aquelas que fumam cigarros com altos teores de alcatrão e nicotina".
Entre os estudantes não fumantes de Salvador, 43.8% responderam "sim" em relação à mesma afirmativa - absolutamente falsa.
Outros trabalhos
Também estão sendo apresentados nos congressos os trabalhos Disque Pare de Fumar: Um Avanço no Controle do Tabagismo no Brasil (Cristina de Abreu Perez - Instituto nacional de Câncer; e o sugestivo Roleta Russa: Uma Forma de Combate contra o Tabagismo(Vivian Elizabeth Araújo - Escola de Enfermagem UFRGS.
Outras informações e programação completa no site: www.saudecoletiva2006.com.br
Mais pobres
A pesquisa de Dyego Leandro Bezerra de Souza prova que o consumo de cigarro debilita saúde e renda dos mais pobres. Além de estragos na saúde, o hábito de fumar em pessoas com renda familiar de R$ 320,00, o gasto com cigarros pode comprometer até 17.26% do orçamento familiar. Justamente essa parcela da população é a que menos tem condições de arcar com os custos de tratamento de doenças gerados pelo fumo.
O estudo acompanhou 82 fumantes com baixa condição de renda, com idades entre 20 e 59 anos, homens e mulheres em sua maioria pertencentes às classes D e E. A média foi de 19 cigarros por dia e o tempo de consumo de 26 anos.
Para os autores do trabalho, o consumo do cigarro atinge em cheio o orçamento familiar e compromete significativa parte da renda - que poderia ser destinada a gastos com alimentação, educação e assistência á saúde.
Cigarro light
Outro estudo, feito em 14 capitais do Brasil com quase 20 mil estudantes mostra que eles acreditam no "conto do cigarro que não faz mal à saúde", o cigarro light.
Letícia Casado Costa alerta que adolescentes fumantes e não-fumantes acreditam que cigarros de baixos teores de alcatrão e nicotina fazem menos mal à saúde. Por isso, esse tipo de cigarro atualmente é o mais fumado entre os pesquisados.
Eles também foram contabilizados numa pesquisa mundial com escolares que analisa os fatores que estão associados à iniciação ao tabagismo.
No Brasil, o trabalho sobre tabagismo foi conduzido por uma equipe do Instituto Nacional do Câncer, que levantou dados de 19.217 alunos de 339 escolas públicas e particulares de 14 estados brasileiros. Os alunos eram de 7ª e 8ª séries do ensino fundamental e da 1ª série do ensino médio.
Em algumas capitais, como João Pessoa, na Paraíba, a preferência por cigarros de baixo teor teve percentual de 63.7% entre os estudantes entrevistados, enquanto em Palmas, no Tocantins, 53.6% de escolares fumantes responderam como verdadeira a afirmativa "pessoas que fumam cigarros com baixos teores de alcatrão e nicotina - os chamados cigarros light, suaves, leves - têm menos doenças causadas pelo cigarro do que aquelas que fumam cigarros com altos teores de alcatrão e nicotina".
Entre os estudantes não fumantes de Salvador, 43.8% responderam "sim" em relação à mesma afirmativa - absolutamente falsa.
Outros trabalhos
Também estão sendo apresentados nos congressos os trabalhos Disque Pare de Fumar: Um Avanço no Controle do Tabagismo no Brasil (Cristina de Abreu Perez - Instituto nacional de Câncer; e o sugestivo Roleta Russa: Uma Forma de Combate contra o Tabagismo(Vivian Elizabeth Araújo - Escola de Enfermagem UFRGS.
Outras informações e programação completa no site: www.saudecoletiva2006.com.br
23.8.06
>> Serra e Mercadante falam de Educação; Quércia opta pela Saúde.
Três dos candidatos ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB), Aloizio Mercadante (PT) e Orestes Quércia (PMDB), evitaram ataques e usaram o horário eleitoral de rádio desta quarta-feira para mostrar propostas nas áreas de Educação, Saúde e segurança pública.O tucano José Serra falou de Educação. "Não existe prioridade maior do que investir na criança, que é o futuro do país."Os apresentadores do programa mostraram realizações de Serra na Prefeitura de São Paulo, como a "construção de 58 novas escolas na cidade e o programa Ler e Escrever". "Serra tem visão de futuro. É o governador que nosso Estado merece."Mercadante optou por falar de Educação e segurança pública. Para combater o crime organizado no Estado, o petista defendeu uma força-tarefa nacional, para unir Polícia Federal, Forças Armadas, polícias Civil e Militar e Ministério Público.O candidato disse ainda que quer transformar a Educação numa paixão em São Paulo. "Tudo isso com o apoio de Lula." Mercadante é apresentado no programa como uma opção para "contrapor os 12 anos de PSDB".Quércia, por sua vez, preferiu falar sobre a questão da Saúde em São Paulo. Ele afirmou que vai resolver o problema das filas nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde). "Tem fila para marcar exames, tem fila para marcar consultas. O povo tem direito à assistência rápida."O peemedebista afirmou que para facilitar o atendimento vai colocar aparelhos de raio-X e ultra-som nas UBSs.
>> Medicamentos falsificados ameaçam saúde pública mundial.
Os medicamentos são uma das grandes ameaças à saúde pública mundial. Parece um paradoxo, mas em causa estão as falsificações que, nalguns países, oscilam entre um e os 50 por cento do mercado farmacêutico, segundo uma investigação hoje divulgada pela revista britânica The Lancet. Na União Europeia (UE) foram identificados 170 medicamentos que foram alvo de contrafacção através de canais ilegais de distribuição, nos últimos cinco anos, segundo o Infarmed - entidade que desaconselha a compra de fármacos pela Internet.Somente 5 a 15 por cento dos Estados que pertencem à Organização Mundial de Saúde (OMS) comunicam a esta entidade os casos de medicamentos contrafeitos, denuncia a The Lancet, citada pela France Press, assegurando que na Índia, por exemplo, as falsificações atingem 13 a 30 por cento dos medicamentos. Ainda neste país, estima-se que 30 a 50 porcento das seringas usadas voltem às lojas para serem de novo vendidas. Os americanos, por seu lado, garantem que um em cada dez medicamentos no mundo é falso.No Bangladesh, um xarope com um antigel provocou a morte a centenas de crianças, sendo que o mesmo drama já tinha sido registado na Índia e na Nigéria nos anos 90, segundo os investigadores que assinam o artigo da revista The Lancet . Na China, o ano passado, foram também apreendidas falsas vacinas contra a gripe das aves. Entre os doze principais medicamentos usados contra o paludismo, oito foram objecto de contrafacção.Os exemplos abundam. Mas diferem de país para país, conforme forem mais ou menos ricos. Entre os pobres, os mais falsificados são os medicamentos de combate às infecções. Nos ricos, abundam as falsificações relacionadas com doenças crónicas, nomeadamente os fármacos indicados para a disfunção eréctil, entre estes o Viagra.Preconizando "um plano de acção global e pragmático, juntando organizações governamentais, técnicos de saúde, a indústria farmacêutica e a sociedade civil", e também a OMS, os investigadores consideram "urgente" ajudar 30 por centos dos países do mundo a terem medidas de controlo no domínio do mercado farmacêutico.Os investigadores recomendam também que se forneçam medicamentos seguros a certos países alvo, de forma a evitar o mercado da contrafacção. Entre 771 notificações recebidas pela OMS entre 1982 e 1999, 48 por cento eram de países da costa oeste do pacífico, sendo que 51 por centos dos casos estavam relacionado com anti-inflamatórios.Perigo via InternetA União Europeia tem um controlo muito apertado sobre os medicamentos. Mas, ainda assim, segundo o Infarmed - autoridade que regula em Portugal este sector - nos últimos cinco anos foram identificados 170 medicamentos contrafeitos. Entre os casos detectados encontram-se os medicamentos lifestyle, as hormonas de crescimento utilizadas na musculação e os sedativos. Cópias não autorizadas ou falsificações de medicamentos licenciados para o tratamento da disfunção eréctil e para infecções virais (como o caso do Tamiflu) também estão presentes nas listas dos falsificadores. Podem ainda encontrar-se alguns que não contêm qualquer substância activa do medicamento em causa ou até com a substância activa errada.A Internet é o canal de distribuição mais vulnerável à contrafacção, avisa o Infarmed, que, desta forma, desaconselha a compra de remédios por esta via.
>> Em ritmo de campanha, Lula diz que SUS é modelo a ser copiado.
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Em ritmo de campanha eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à reeleição, afirmou nesta segunda-feira que considera o modelo brasileiro do Sistema Único de Saúde (SUS) bem-sucedido, o qual deveria ser copiado por outros países em desenvolvimento para melhorar as condições de vida da população.
"Aperfeiçoá-lo sim, acabá-lo jamais", discursou Lula durante a abertura do 8o Congresso de Saúde Coletiva e 11o Congresso de Mundial de Saúde Pública.
"O que nós podemos (fazer) é levar o modelo implantado no Brasil, que esta dando certo (...) Não creio em modelo acabado. Mas, como anteprojeto, um esboço para que os países ricos ajudem a implantar sistemas como esse pelas nações pobres, e aí sim estaremos salvando milhões de vidas no planeta", disse Lula.
Durante seu discurso para cerca de mil participantes do congresso, o presidente lembrou ainda que, como deputado federal em 1988, participou do Congresso Constituinte que idealizou a criação dos SUS.
Lula acrescentou que, na época, o projeto recebeu muitas críticas, mas, hoje, é reconhecido até pelos seus opositores.
Apesar de a campanha eleitoral estar ainda relativamente no início, Lula antecipou que será "um peregrino" pelo mundo para convencer os países ricos a colaborar na melhoria das condições de saúde dos países pobres.
"Vocês podem ter a certeza de que vou ser um peregrino por esse mundo afora, pedindo aos governantes que não permitam mais que os países pobres vejam seus filhos morrerem porque não podem ter acesso aos remédios caros produzidos pelos laboratórios (dos países ricos). Esse não é um problema econômico, é (um problema) eminentemente político e está, portanto, em nossas mãos", discursou Lula.
Para ele, ou ricos abrem mão de alguma coisa que acumularam ao longo de anos e anos e fazem um gesto de solidariedade, ou daqui a 30 anos "os nossos filhos estarão reunidos em outro congresso lembrando a falta de investimentos feita a tempo".
Lula afirmou ainda que as condições da saúde no Brasil melhoraram, mas reconheceu que precisam avançar ainda mais.
"Se nós fizemos muito, ainda assim fizemos pouco em função de uma dívida acumulada ao longo de décadas e décadas", acrescentou.
"Aperfeiçoá-lo sim, acabá-lo jamais", discursou Lula durante a abertura do 8o Congresso de Saúde Coletiva e 11o Congresso de Mundial de Saúde Pública.
"O que nós podemos (fazer) é levar o modelo implantado no Brasil, que esta dando certo (...) Não creio em modelo acabado. Mas, como anteprojeto, um esboço para que os países ricos ajudem a implantar sistemas como esse pelas nações pobres, e aí sim estaremos salvando milhões de vidas no planeta", disse Lula.
Durante seu discurso para cerca de mil participantes do congresso, o presidente lembrou ainda que, como deputado federal em 1988, participou do Congresso Constituinte que idealizou a criação dos SUS.
Lula acrescentou que, na época, o projeto recebeu muitas críticas, mas, hoje, é reconhecido até pelos seus opositores.
Apesar de a campanha eleitoral estar ainda relativamente no início, Lula antecipou que será "um peregrino" pelo mundo para convencer os países ricos a colaborar na melhoria das condições de saúde dos países pobres.
"Vocês podem ter a certeza de que vou ser um peregrino por esse mundo afora, pedindo aos governantes que não permitam mais que os países pobres vejam seus filhos morrerem porque não podem ter acesso aos remédios caros produzidos pelos laboratórios (dos países ricos). Esse não é um problema econômico, é (um problema) eminentemente político e está, portanto, em nossas mãos", discursou Lula.
Para ele, ou ricos abrem mão de alguma coisa que acumularam ao longo de anos e anos e fazem um gesto de solidariedade, ou daqui a 30 anos "os nossos filhos estarão reunidos em outro congresso lembrando a falta de investimentos feita a tempo".
Lula afirmou ainda que as condições da saúde no Brasil melhoraram, mas reconheceu que precisam avançar ainda mais.
"Se nós fizemos muito, ainda assim fizemos pouco em função de uma dívida acumulada ao longo de décadas e décadas", acrescentou.
22.8.06
>> Gorduras são importantes para a saúde.
Isso mesmo, caso você queira perder peso, ou se o seu problema é reduzir o colesterol ou triglicérides, aprenda um pouco sobre as "gorduras". Descubra que existem tipos diferentes e quais são as mais indicadas para o consumo.As gorduras são compostas por ácidos graxos saturados e insaturados (monoinsaturadas e poliinsaturadas).Os ácidos graxos saturados propiciam o aumento do colesterol circulante e das lipoproteínas de baixa densidade (LDLs). Já as gorduras insaturadas agem na redução de LDL.Os ômegas 3 e 6 estão presentes na gordura poliinsaturada. O ômega 6, presente em óleos vegetais, sementes e nozes, pode auxiliar na redução do LDL e do colesterol total. Já o ômega 3 está presente em peixes gordurosos de água fria como sardinha, atum, salmão, te ambém pode ser encontrado nos óleos vegetais. Seu consumo esta relacionado a prevenção das doenças cardiovasculares e na cicatrização. Mesmo sendo benéfico à saúde, deve ser consumido moderadamente devido ao alto valor energético.São fontes alimentares de gordura saturada: leite e derivados integrais, carnes vermelhas e brancas, (principalmente a gordura da carne e a pele das aves). De gordura insaturadas, as fontes são: amendoim, nozes, castanhas, óleos vegetais (canola, milho, soja), azeite, azeitona.Gordura TransA chamada gordura trans é formada pela hidrogenação a partir da gordura insaturada. Este processo ocorre naturalmente no rumem dos animas ou pode ocorrer através de processo industrial. A gordura trans é encontrado em uma quantidade pequena em alimentos de origem animal como a carne e o leite, mas também está presente em quase todos os alimentos industrializados --também conhecida como gordura vegetal hidrogenada, ela apresenta uma boa consistência para a produção de alimentos, dando mais sabor e até aumentando a vida útil do produto.A gordura trans em excesso aumenta o LDL colesterol (ruim colesterol) e, ao mesmo tempo, reduz o HDL colesterol (bom colesterol).Cada grama de gordura saturada, insaturada ou trans fornece por cada grama de gordura 9 Kcal. Assim, se você consumir dez gramas de óleo, você estará consumindo 90 Kcal.De uma forma em geral, um indivíduo adulto deve consumir 2000 Kcal, sendo que as gorduras devem representar de 20% a 30% do total de calorias. Isso significa que você deve consumir por dia no máximo 600 Kcal (66,6 gramas) provenientes de gordura, e dando preferência para as gorduras monoinsaturadas.
>> Luz constante pode afetar bebês prematuros.
A exposição constante à luz artificial do hospital pode prejudicar o desenvolvimento do relógio biológico de bebês prematuros, segundo uma pesquisa feita com ratos nos Estados Unidos.
Estudos mostram que expor bebês ratos à luz constante impede que o relógio biológico no cérebro dos animais se desenvolva normalmente.
Os pesquisadores disseram que isso pode contribuir para um aumento na incidência de problemas mentais como a depressão.
O estudo feito por cientistas da Vanderbilt University, no Tennessee, Estados Unidos, foi publicado na revista científica Pediatric Research.
Segundo os pesquisadores, os resultados indicam que a exposição do bebê a luzes artificiais em unidades especiais de tratamento para prematuros deveria ser minimizada, possivelmente adotando-se iluminação que obedeça ao ciclo do dia e da noite.
A cada ano, cerca de 14 milhões de bebês prematuros nascem no mundo, e muitos são expostos a luzes artificiais nos hospitais.
Células sincronizadas
Estudos anteriores mostram que crianças tratadas em unidades de tratamento que adotam iluminação natural, segundo o padrão dia-noite, se adaptam ao sono durante a noite mais rapidamente. Eles também ganham peso mais rápido do que os bebês tratados em incubadeiras com luz constante.
Em todos os mamíferos, o relógio biológico é localizado em uma área do cérebro conhecida como núcleo supraquiasmático.
Ele influencia a atividade de vários órgãos, entre eles o cérebro, coração, fígado e pulmões, além de regular ciclos de atividades diárias conhecidos como ciclos circadianos.
O núcleo supraquiasmático é equipado com "neurônios relógio" especiais, cuja atividade é sincronizada para seguir o ciclo dia-noite de 24 horas.
A equipe da Vanderbilt University já havia demonstrado, em um estudo anterior, que esses neurônios começam a perder a sincronia em ratos adultos quando os animais são expostos à luz constante durante cinco meses.
Isto é acompanhado por uma alteração na capacidade dos ratos de manter seu ciclo noturno normal.
O estudo mais recente mostrou que ratos recém-nascidos estão ainda mais vulneráveis aos efeitos da luz constante do que os adultos.
A equipe usou ratos geneticamente modificados cujos "neurônios relógio" tornavam-se brilhantes quando ativados.
Os cientistas verificaram que os neurônios dos bebês ratos expostos ao ciclo normal de luz entravam em sincronia rapidamente.
Já os neurônios dos animais expostos à luz constante não apresentavam ritmos coerentes.
Os cientistas expuseram alguns dos ratos à luz constante por um período mais longo e descobriram que dois terços dos animais não foram capazes de estabelecer um padrão regular de atividade em uma roda de exercício.
Ratos recém-nascidos que passaram suas primeiras três semanas de vida expostos ao padrão de luz dia-noite foram capazes de manter seu ritmo diário normal mesmo quando, mais tarde, foram expostos á luz constante.
O coordenador da pesquisa, Douglas McMahon, disse que mais trabalho é necessário para estabelecer se interferências no relógio biológico do bebê podem aumentar sua vulnerabilidade a problemas mentais.
"Nesse momento, tudo é especulação. Mas certamente os resultados indicam que crianças humanas se beneficiam do efeito sincronizador do ciclo normal de luz", disse McMahon.
O especialista em obstetrícia Andrew Shennan, da entidade beneficente Tommy, disse que a conexão entre exposição à luz e comportamento estão claramente estabelecidos.
"Como resultado dessa pesquisa, o benefício potencial de uma redução na exposição desnecessária à luz deve agora ser investigado", disse Shennan.
Ratos recém-nascidos oferecem um bom modelo para o estudo de bebês humanos prematuros porque, ao nascer, os ratos se encontram em um estágio de desenvolvimento anterior ao dos bebês humanos. Segundo os cientistas, esse estágio equivaleria, nos humanos, ao do bebê prematuro.
>> Estudo: HIV 'desliga' sistema imunológico.
Cientistas americanos dizem ter descoberto como o vírus HIV se esquiva do sistema imunológico do corpo.
O vírus da Aids desarma as células T, enviadas pelo corpo para lutar contra o vírus, dando um pequeno empurrão num dispositivo molecular existente nessas células.
No laboratório, os pesquisadores conseguiram bloquear esse movimento e recuperar a função das células T.
Os resultados foram publicados na revista especializada Nature. Foram analisadas no estudo 71 amostras de sangue de pacientes que recentemente foram infectados com o HIV mas que ainda não iniciaram um tratamento.
Também foram analisadas as amostras de quatro soropositivos antes e depois deles terem começado a terapia anti-retroviral.
Tratamento
Medicamentos capazes bloquear a ação do HIV contra as células já estão disponíveis, mas os cientistas dizem que ainda são necessários mais estudos sobre o assunto.
O pesquisador-chefe Bruce Walker, do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, disse que é preciso ter cuidado ao tentar mexer no sistema imunológico quando o corpo já deu o sinal para desativá-lo.
"Você pode desencadear sérios problemas imunológicos", comentou. O dispositivo da célula T controla uma série de eventos celulares chamada de PD-1 (programmed death-1 ou morte programada-1).
Idealmente, um tratamento teria como alvo apenas as células T, mas tal técnica ainda não existe, segundo Walker.
"Atualmente, nós apenas contamos o número de células T para decidir quando tratar alguém, mas estamos empolgados com a possibilidade de que a medição do PD-1 pode nos dizer mais sobre as chances de progressão da doença e a necessidade de tratamento em pessoas infectadas", disse o cientista.
A organização não-governamental de luta contra a aids AVERT disse, por meio de sua porta-voz, que a pesquisa é "encorajadora".
"No entanto, os próprios pesquisadores dizem que mais testes e estudos são necessários antes que possamos ter esperanças de que esse conhecimento vire uma nova terapia para o HIV."
>> Medicamentos falsificados são uma ameaça para a saúde, dizem pesquisadores.
PARIS, 20 ago (AFP) - As falsificações de medicamentos, que representam de 1% a 50% do mercado farmacêutico, são uma ameaça muito negligenciada e prejudicam sobretudo os países pobres, segundo os pesquisadores."Cinco a 15% dos 191 Estados-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) relatam casos de medicamentos falsificados e o problema continua a ser ocultado pela ignorância, pela confusão e pela negação", ressaltam Paul Newton, da Universidade de Oxford, Reino Unido, outros especialistas em medicina tropical.Na Índia, as falsificações representariam de 13 a 30% dos medicamentos, acrescentam eles na matéria publicada pela revista britânica The Lancet, dedicada a doenças infecciosas.De acordo com as autoridades sanitárias americanas, um medicamento em cada dez vendidos no mundo seria falso.Mesmo que as falsificações correspondam a apenas 1% da produção farmacêutica mundial, milhões de pessoas podem ser afetadas, ressaltam os pesquisadores.Retardando o diagnóstico, comprometendo o tratamento, provocando a morte, as falsificações em doses ou com a composição inadequadas podem também favorecer o surgimento de agentes infecciosos resistentes aos tratamentos até então eficazes. Eles podem conter em quantidade exagerada, em pouca ou nenhuma quantidade, princípios ativos necessários ou ingredientes nocivos.Os medicamentos não-falsificados, mas de baixa qualidade, também representam riscos, indicam os pesquisadores.Nos países ricos, há diversas falsificações de medicamentos para doenças crônicas ou para o bem-estar, como o Viagra, enquanto que nos países pobres das regiões tropicais os mais falsificados são os antibióticos.Das 771 notificações de falsificações recebidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) entre 1982 e 1999, 48% são de países da costa oeste do Pacífico e, em 51% dos casos, estão relacionadas a antibióticos.Xaropes causaram a morte de centenas de crianças em Bangladesh, Índia e Nigéria durante os anos 90, falsas vacinas antigripe aviária para as aves levaram a várias prisões na China no final de 2005, medicamentos veterinários recondicionados para o uso humano... Os exemplos de falsificações são muitos.Dos doze principais medicamentos contra a malária usados no mundo, oito teriam sido objeto de falsificações. Especialistas preconizam "um plano de ação global e pragmática, ligando organizações governamentais, funcionários da saúde, da indústria e sociedade civil", além da OMS. Os pesquisadores consideram "urgente" uma ajuda aos 30% de países do mundo que não possuem regulamentações ou capacidade de controle farmacêutico adequado.Recomendam também que sejam fornecidos medicamentos-chaves por um bom preço para desestimular a falsificação e que as punições sejam mais duras, segundo a OMS.
>> Estudo revela perigo do "corpo sarado".
(Rio de Janeiro, BR Press) - Nem só de barras de cereais e proteína em gel pode viver quem não dispensa uma dose extra de endorfina e o corpo sarado que os exercícios físicos proporcionam.
Mesmo com efeitos colaterais e contrários aos desejados, a maioria dos 310 entrevistados no estudo socioantropológico Regimes e Práticas de Saúde entre Praticantes de Academias no Rio de Janeiro, realizado pelo pesquisador Cesar Sabino, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), continuou com dietas radicais e/ou com o uso de anabolizantes. O trabalho será apresentado no 11º Congresso Brasileiro de Saúde Pública e no 8º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, que acontece de 21 a 25/08, no Riocentro.
Segundo o pesquisador, a busca pelo corpo e visual considerados perfeitos pela sociedade -- ou ao menos em parte dela -- não tem limites. "Alguns dos entrevistados continuaram e continuam com práticas. O peso da forma é significativo em nossa cultura. Não há lugar de vencedor ou vitorioso para feios e feias. A aparência, a beleza física é um capital a ser investido na busca do sucesso e da aceitação", conclui Sabino.
A pesquisa é fruto de um trabalho de campo, que serviu de base a uma dissertação de mestrado em Sociologia e uma tese de doutorado em Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Centrado na questão da saúde de quem malha, o trabalho investigou frequentadores de academias de musculação e ginástica cariocas durante 54 meses, entre 1998 e 2004.
Cesar Sabino entrevistou e fotografou homens e mulheres, de 16 a 58 anos. O objetivo principal da pesquisa foi interpretar as práticas alimentares dos praticantes, situar comportamentos, atitudes e valores subjacentes à "construção social" do corpo e sua relação com a saúde. Além disto, buscou esclarecer, através da análise, a) as formas de interação e sociabilidade implicadas diretamente na "comensalidade" dos praticantes; b) analisar as normas prescritivas de alimentação do grupo estudado: o que comer ou não comer, o que beber ou não beber, o interditado e o recomendável no alimentar-se; c) procurar estabelecer relações entre essas normas e as concepções e representações de saúde -- do que é ou não saudável para os sujeitos.
Problema de saúde pública
Como resultado da investigação constatou-se que os adeptos do fitness não raro prejudicam sua saúde com dietas, suplementos alimentares e esteróides anabolizantes destinados a manter a forma física, gerando muitas vezes um efeito contrário às intenções e espectativas declaradas. Considerado o número crescente de praticantes de musculação, ginástica e outras atividades físicas, inclusive medicamente recomendadas, concluímos que o estudo de condutas alimentares deste grupo social tende a se tornar um problema de saúde pública.
Mesmo com efeitos colaterais e contrários aos desejados, a maioria dos 310 entrevistados no estudo socioantropológico Regimes e Práticas de Saúde entre Praticantes de Academias no Rio de Janeiro, realizado pelo pesquisador Cesar Sabino, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), continuou com dietas radicais e/ou com o uso de anabolizantes. O trabalho será apresentado no 11º Congresso Brasileiro de Saúde Pública e no 8º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, que acontece de 21 a 25/08, no Riocentro.
Segundo o pesquisador, a busca pelo corpo e visual considerados perfeitos pela sociedade -- ou ao menos em parte dela -- não tem limites. "Alguns dos entrevistados continuaram e continuam com práticas. O peso da forma é significativo em nossa cultura. Não há lugar de vencedor ou vitorioso para feios e feias. A aparência, a beleza física é um capital a ser investido na busca do sucesso e da aceitação", conclui Sabino.
A pesquisa é fruto de um trabalho de campo, que serviu de base a uma dissertação de mestrado em Sociologia e uma tese de doutorado em Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Centrado na questão da saúde de quem malha, o trabalho investigou frequentadores de academias de musculação e ginástica cariocas durante 54 meses, entre 1998 e 2004.
Cesar Sabino entrevistou e fotografou homens e mulheres, de 16 a 58 anos. O objetivo principal da pesquisa foi interpretar as práticas alimentares dos praticantes, situar comportamentos, atitudes e valores subjacentes à "construção social" do corpo e sua relação com a saúde. Além disto, buscou esclarecer, através da análise, a) as formas de interação e sociabilidade implicadas diretamente na "comensalidade" dos praticantes; b) analisar as normas prescritivas de alimentação do grupo estudado: o que comer ou não comer, o que beber ou não beber, o interditado e o recomendável no alimentar-se; c) procurar estabelecer relações entre essas normas e as concepções e representações de saúde -- do que é ou não saudável para os sujeitos.
Problema de saúde pública
Como resultado da investigação constatou-se que os adeptos do fitness não raro prejudicam sua saúde com dietas, suplementos alimentares e esteróides anabolizantes destinados a manter a forma física, gerando muitas vezes um efeito contrário às intenções e espectativas declaradas. Considerado o número crescente de praticantes de musculação, ginástica e outras atividades físicas, inclusive medicamente recomendadas, concluímos que o estudo de condutas alimentares deste grupo social tende a se tornar um problema de saúde pública.
21.8.06
> Identificados genes que podem ter originado evolução humana.
Eles podem ser os elos perdidos da nossa evolução, áreas do DNA humano que se alteraram dramaticamente depois da separação evolutiva em relação aos chimpanzés, mas que haviam permanecido praticamente inalterados durante os milênios anteriores. Cientistas dos Estados Unidos, da Bélgica e da França identificaram 49 "regiões humanas aceleradas" (HAR, na sigla em inglês) onde há grande atividade genética. Na mais ativa delas, chamada HAR1, eles descobriram que 18 dos 118 nucleotídeos havia mudado desde a separação dos humanos e dos chimpanzés, há cerca de 6 milhões de anos, enquanto apenas 2 nucleotídeos haviam se alterado durante os 310 milhões de anos transcorridos desde a separação das linhas evolutivas de chimpanzés e galinhas. "Agora temos evidências muito sugestivas de que esses genes podem ter se envolvido em um passo crítico no desenvolvimento cerebral, mas ainda precisamos provar que realmente fez diferença", disse o chefe da equipe, David Haussler, do Instituto Médico Howard Hughes e da Universidade da Califórnia (Santa Cruz), à Reuters. Os outros participantes da equipe são ligados à Universidade de Bruxelas e à Universidade Claude Bernard, da França. "É muito excitante usar a evolução para olhar regiões do nosso genoma que não exploramos ainda", disse Haussler. "É extremamente improvável que a evolução de apenas uma região do genoma tenha feito a diferença entre o nosso cérebro e os cérebros de primatas não-humanos. É muito mais provável que seja uma série de muitíssimas pequenas mudanças, cada uma muito importante, mas nenhuma fazendo todo o trabalho por si só." A HAR1 é parte do recém-descoberto gene do RNA HAR1F, produzido durante o importante período, entre 7 e 19 meses de gestação, de formação do cérebro humano. Além disso, o RNA é produzido pelo neurônio Cajal-Retzius, que tem papel importante nas seis camadas de neurônios do córtex humano. "Ainda não podemos dizer muito sobre a função. Mas é uma descoberta muito excitante, porque está expressa em células que têm papel fundamental no projeto e desenvolvimento do córtex dos mamíferos," disse Haussler, lembrando que ainda é preciso estudar as outras 48 HARs humanas. A descoberta foi publicada na quarta-feira na revista Nature. Em artigo na mesa edição, Chris Ponting, da Universidade de Oxoford, diz tratar-se de um passo promissor.
>> Médicos desafiam ética e fazem promoção de remédios.
São Paulo - Numa prática condenada pelo código de ética da profissão, médicos de todo o País distribuem aos pacientes cupons que dão descontos na compra de produtos farmacêuticos. Os cupons são feitos pelos próprios laboratórios.A francesa Avène, por exemplo, distribui cupons que dão 30% de desconto na compra de uma loção cicatrizante. A suíça Novartis criou um cartão de fidelidade que garante descontos de até 50% na compra de medicamentos para doenças crônicas, como diabete e asma. Os dois laboratórios firmaram convênio com diversas farmácias do País.A prática é condenável porque os clientes só se beneficiam da promoção através do médico. O cupom da Avène, por exemplo, não tem valor sem o carimbo, a assinatura e o registro do médico no Conselho de Medicina. No caso da Novartis, o cartão definitivo só é dado depois que o médico fornece ao cliente um provisório.Embora não seja proibida por lei, a ligação entre médicos e indústria fere um dos preceitos éticos da profissão. De acordo com o Código de Ética Médica, é vedado "exercer a profissão com interação de farmácia e laboratório farmacêutico"."O que o médico pretende com um cupom desses?", questiona o presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), Desiré Carlos Callegari. "Se ele preenche esse papel, é porque certamente vai ter alguma vantagem. Não admitimos esse tipo de coisa."A prática, de acordo com médicos, é comum. "Não consigo me lembrar de algum laboratório que não tenha uma promoção parecida", diz um dermatologista de São Paulo que distribui a seus pacientes os cupons da Avène. Ele pediu que seu nome não fosse publicado.Supõe-se que os laboratórios, por terem como saber quem prescreve seus produtos, ofereçam presentes aos médicos como recompensa. Isso permite concluir que alguns profissionais se preocupam mais com as vantagens que receberão do que com a saúde de seus pacientes. Avène e Novartis dizem que o objetivo é beneficiar os clientes e negam que os médicos recebam algum tipo de compensação.Presentes - Esse dermatologista de São Paulo diz que não recebe presentes e que a existência do desconto não o influencia na hora de receitar um remédio. "Não estou preocupado se vou ganhar uma caneta ou uma caneca. Estou preocupado é com o meu paciente."Com ou sem efeito sobre a decisão, o fato é que os presentes existem. A dermatologista Lígia Kogos, de São Paulo, conta que recentemente recebeu de um laboratório entradas para a peça O Fantasma da Ópera e para a apresentação do grupo canadense Cirque du Soleil. Não foi. "Descobriram, não sei como, que eu receitava bastante um medicamento deles e resolveram 'me agradecer'. Mas não me influenciaram. A minha regra é: o paciente vem sempre em primeiro lugar."A dermatologista conta ainda que os laboratórios sempre enviam flores em seu aniversário e que freqüentemente a convidam para festas. "Encaro como uma gentileza, nada mais."Lígia se lembra de um medicamento americano para a pele que foi lançado há três anos e custava mais de R$ 500. Virou moda por causa da pressão do laboratório, que, segundo ela, pagava uma porcentagem sobre as vendas aos médicos que o receitavam. "Muitos caíram nessa. Mas o creme não tinha o menor fundamento. Quem sucumbiu à pressão do laboratório acabou com a própria carreira."Confiança - Os médicos têm liberdade para receitar medicamentos, inclusive indicar a marca. A prática do profissional pode levá-lo a concluir que um produto é melhor que outro. Mas ele deve avisar ao paciente sobre opções. No sistema público de saúde, por exemplo, os médicos são obrigados a receitar remédios pelo princípio ativo e não pela marca. Na rede particular, não há essa exigência.A Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) não comentou a existência de cupons de desconto, mas afirmou que está elaborando um código de ética no qual condena a pressão da indústria. A Associação Brasileira de Redes de Farmácia também não se pronunciou a respeito.De acordo com o Cremesp, esse tipo de situação não envolve apenas os laboratórios farmacêuticos. O conselho já recebeu denúncias contra oftalmologistas ligados a ópticas e contra especialistas ligados a laboratórios de exames clínicos. "Isso é bastante comum", afirma o presidente do Cremesp. "Nós vivemos batendo nessa tecla. Isso é falta de ética médica."Os pacientes que se sentirem prejudicados pelo médico por qualquer motivo podem registrar uma denúncia no Conselho Regional de Medicina.
18.8.06
>> Tempo seco aumenta casos de problemas respiratórios e alérgicos.
Os índices de umidade do ar estão atingindo estado de alerta em algumas regiões da cidade e a população já sofre as conseqüências. Problemas respiratórios, alérgicos e doenças de pele aumentam nesta época do ano.
"Para preservar a saúde e amenizar os efeitos do calor e da falta de umidade do ar é aconselhável beber bastante água para enfrentar o dia seco, praticar exercícios pela manhã (antes das 10h.) ou à tarde (após as 17h.), evitar aglomerações em ambientes fechados, evitar o acúmulo de poeira em casa e escritórios, evitar o ar condicionado e banhos muito quentes e demorados que ressecam a pele, entre outros”, afirma Dr. Paulo Olzon Monteiro da Silva, infectologista e Chefe da Disciplina de Clínica Médica da Unifesp.
"Para preservar a saúde e amenizar os efeitos do calor e da falta de umidade do ar é aconselhável beber bastante água para enfrentar o dia seco, praticar exercícios pela manhã (antes das 10h.) ou à tarde (após as 17h.), evitar aglomerações em ambientes fechados, evitar o acúmulo de poeira em casa e escritórios, evitar o ar condicionado e banhos muito quentes e demorados que ressecam a pele, entre outros”, afirma Dr. Paulo Olzon Monteiro da Silva, infectologista e Chefe da Disciplina de Clínica Médica da Unifesp.
>> Ministério da Saúde inaugura, em Cascavel, a 188ª farmácia popular do país.
O Ministério da Saúde, em parceria com a Prefeitura de Cascavel (PR), inaugura, às 10h de hoje (17), a 188ª unidade do Programa Farmácia Popular do Brasil. A farmácia, instalada na Avenida Assunção, 708, Alto Alegre, repassará à população medicamentos a preço de custo, adquiridos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) exclusivamente para o programa.A unidade funcionará em uma área de 164 m2 para o atendimento estimado de 128.178 pessoas. Esta é a sétima unidade inaugurada no Paraná. O estado já conta com farmácias populares em funcionamento nos municípios de Apucarana, Araucária, Cornélio Procópio, Curitiba, Paranaguá e Sarandi.Outras 312 unidades aderiram ao programa e estão aptas para instalação pelos parceiros do Ministério da Saúde. Somadas as 188 farmácias inauguradas e as 312 credenciadas, são 500 adesões até o momento. Em todo o Brasil, são cerca de 60 milhões de pessoas com acesso ao programa, que tem farmácias populares em funcionamento distribuídas em 24 estados e 145 municípios.O Programa - Após a confirmação do credenciamento da unidade ao Programa Farmácia Popular do Brasil, os gestores parceiros recebem do Ministério da Saúde um financiamento inicial de até R$ 50 mil para reforma e adaptação dos locais onde as farmácias serão instaladas. Têm garantidos, também, R$ 10 mil mensais para manutenção das unidades, como pagamento de pessoal e contas de água, luz e telefone.Todas as farmácias funcionam das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira, e das 8h às 12h, aos sábados. Seguindo o padrão do programa, as unidades são equipadas com aparelho de televisão e vídeo/DVD para a exibição de campanhas do Ministério da Saúde. Elas têm estrutura adaptada à realidade regional, além de farmacêuticos e funcionários qualificados para orientar o usuário sobre os cuidados com a saúde e o uso correto da medicação.Para ter acesso aos medicamentos, basta o interessado se dirigir à farmácia popular com receita médica ou odontológica. Não há necessidade de o usuário passar por qualquer procedimento burocrático.As farmácias populares contam com, no mínimo, 95 itens de medicamentos correspondentes a 2 mil unidades ou apresentações comerciais, entre frascos, cartelas, bisnagas, injetáveis e preservativos masculinos. Por meio da Fiocruz, os medicamentos são adquiridos em laboratórios públicos e privados do país. Dessa forma, é possível uma redução média de 90% no preço dos produtos e nas despesas dos usuários com aquisição de medicamentos.Os dez medicamentos mais procurados nas farmácias populares são sinvastatina (redutor de colesterol), omeprazol (contra gastrite), captopril (para hipertensão), atenolol (para hipertensão), enalapril (para hipertensão), ácido acetil-salicílico (analgésico e coadjuvante no tratamento da hipertensão), metformina (contra diabetes), ranitidina (contra gastrite), nifedipina e mononitrato de isossorbida (para o tratamento de doenças cardiovasculares). Há casos em que o medicamento pode ser adquirido nas farmácias populares por um preço seis vezes menor que o praticado pelo mercado.Usuários - A lista de produtos disponíveis nas farmácias populares está de acordo com a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) e leva em consideração as prioridades nacionais de saúde, como também a segurança, eficácia terapêutica, qualidade e disponibilidade dos medicamentos.Os principais beneficiários do programa são pessoas com dificuldade financeira para manter o tratamento da doença em razão dos preços do medicamento praticados no mercado, principalmente pacientes que sofrem de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e problemas gástricos. Foi pensando nessa parcela da população - e também nos brasileiros que não utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS), mas não querem pagar caro pelo medicamento - que o governo federal criou o Farmácia Popular do Brasil.O programa foi regulamentado em 2004 e começou a ser implementado em junho do mesmo ano para ampliar as ações de assistência farmacêutica e oferecer à população mais uma opção de acesso aos medicamentos. Com orçamento próprio e independente dos recursos aplicados na distribuição gratuita de medicamentos, o Farmácia Popular não visa ao lucro, pois os medicamentos são repassados aos usuários a preço de custo, nem causa prejuízo às demais ações de suprimento garantidas nas unidades do SUS.Levantamento do Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que o Programa Farmácia Popular do Brasil tem aprovação de 91% dos usuários. O atendimento prestado nas unidades foi considerado um ponto forte do programa, com 97% de aprovação.Informações sobre a lista completa dos medicamentos oferecidos nas farmácias populares, as patologias atendidas e os endereços das unidades podem ser obtidas por meio do Disque Saúde (0800 61 1997) ou pela Internet (www.saude.gov.br).
>> HC de São Paulo realiza sábado mutirão da catarata.
São Paulo, SP - A Clínica Oftalmológica do Instituto Central do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, irá promover neste sábado um mutirão de catarata. Pessoas com mais de 50 anos e com suspeita da doença deverão comparecer ao hospital, das 7 às 12 horas, munidas da carteira de identidade (RG) e o CPF. O atendimento, que é gratuito, acontecerá no prédio dos ambulatórios do Instituto Central do HC, na Avenida Enéas de Carvalho Aguiar, 155, em Cerqueira César, próximo à Estação Clínicas do Metrô. Para o diagnóstico, as pessoas passarão por exames como acuidade visual, fundo de olho, tonometria, biometria e biomicroscopia. Também sairão do hospital com a data da cirurgia já marcada. A Clínica Oftalmológica do Hospital das Clínicas garante que todos que chegarem ao hospital até as 12 horas serão atendidos.A catarata se dá quando uma parte do olho que era transparente fica embaçada. Essa parte chama-se cristalino, também conhecida como 'menina do olho'. O cristalino funciona como uma lente que ajuda as imagens a tornarem-se nítidas. Quando ele fica totalmente embaçado, provoca a cegueira. O processo de perda da visão pode demorar anos ou meses, atingindo um ou os dois olhos. A catarata costuma deixar a pessoa cega aos poucos. Por esse motivo dizem que ela vai "amadurecendo". Só usar colírio não ajuda na cura da catarata. A única maneira da pessoa voltar a enxergar é através do tratamento cirúrgico. Na maioria dos casos, não é preciso ficar internado.
17.8.06
>> CE teme câncer cutâneo causado por aparelhos.
A Comissão Européia (CE) advertiu nesta quinta-feira que os aparelhos de bronzeamento por raios ultravioleta podem aumentar o risco de câncer de pele e de melanoma ocular. A comissão recomendou que pessoas de grupos de risco não os usem e tentará fazer com que o nível máximo de radiação das máquinas seja reduzido.
Estão incluídas no grupo de risco pessoas que têm pele clara - com tendência a sofrer queimaduras solares -, com sardas ou manchas na pele, ou que tenham histórico familiar de melanoma. Além disso, e como o risco de melanoma é particularmente alto quando se usam aparelhos ultravioletas em crianças e adolescentes, os aparelhos não deveriam ser usados por menores de 18 anos.
A CE também pediu às autoridades nacionais e ao setor (fabricantes e salões de bronzeamento) que as máquinas de raios ultravioletas incluam advertências e instruções adequadas para os usuários. Segundo Philip Tod, porta-voz de Saúde da CE, a advertência se baseia em um relatório emitido pelo Comitê Científico de Produtos de Consumo.
O relatório científico, de 43 páginas, não inclui números concretos sobre os afetados porque o uso destes aparelhos não estava difundido até a década de 90 e seus efeitos plenos sobre a saúde "ainda não são conhecidos".
Por isso, reconhece-se que serão necessários "vários anos" até que os detalhes sobre os efeitos sejam conhecidos, já que o câncer tem um longo período de desenvolvimento. Tod, entretanto, disse que o relatório inclui um cálculo aproximado de que os efeitos do uso de aparelhos de raios ultravioleta podem causar uma média de cem mortes por ano no Reino Unido.
"Estou preocupado porque o uso indiscriminado destes aparelhos de bronzeamento para efeitos cosméticos pode levar a uma maior incidência de casos de câncer de pele", afirmou o comissário europeu de Saúde, Markos Kyprianou, em comunicado. Além das advertências aos consumidores, a CE trabalhará dentro dos comitês de padronização técnica, independentes da União Européia (UE), para reduzir os limites máximos de radiação destes aparelhos.
Atualmente não existem regras de padronização para o uso da radiação ultravioleta nesses aparelhos. A CE não tem poderes para obrigar a indústria a agir desta ou daquela maneira, como reconheceu o porta-voz da Indústria na CE, Gregor Kreuzhuber.
No entanto, segundo a normativa de "baixa voltagem", todos os aparelhos elétricos vendidos dentro da UE "devem ser seguros", e é sobre este pressuposto que a comissão trabalha para "mudar o padrão" dos limites de radiação.
A CE já trabalha na elaboração de advertências em todas as línguas da União Européia. Kreuzhuber confia em que, com a advertência aos usuários e o trabalho com a indústria e com os salões de bronzeamento, será feito um uso melhor dos aparelhos. O relatório científico diz que "as coisas não podem continuar como estão".
Tod acrescentou que o risco é maior quando se soma o uso de máquinas de bronzeamento à exposição aos raios solares, já que "há um efeito acumulativo" que representa "um fator de risco" para as pessoas com maior risco de sofrer câncer de pele.
Estão incluídas no grupo de risco pessoas que têm pele clara - com tendência a sofrer queimaduras solares -, com sardas ou manchas na pele, ou que tenham histórico familiar de melanoma. Além disso, e como o risco de melanoma é particularmente alto quando se usam aparelhos ultravioletas em crianças e adolescentes, os aparelhos não deveriam ser usados por menores de 18 anos.
A CE também pediu às autoridades nacionais e ao setor (fabricantes e salões de bronzeamento) que as máquinas de raios ultravioletas incluam advertências e instruções adequadas para os usuários. Segundo Philip Tod, porta-voz de Saúde da CE, a advertência se baseia em um relatório emitido pelo Comitê Científico de Produtos de Consumo.
O relatório científico, de 43 páginas, não inclui números concretos sobre os afetados porque o uso destes aparelhos não estava difundido até a década de 90 e seus efeitos plenos sobre a saúde "ainda não são conhecidos".
Por isso, reconhece-se que serão necessários "vários anos" até que os detalhes sobre os efeitos sejam conhecidos, já que o câncer tem um longo período de desenvolvimento. Tod, entretanto, disse que o relatório inclui um cálculo aproximado de que os efeitos do uso de aparelhos de raios ultravioleta podem causar uma média de cem mortes por ano no Reino Unido.
"Estou preocupado porque o uso indiscriminado destes aparelhos de bronzeamento para efeitos cosméticos pode levar a uma maior incidência de casos de câncer de pele", afirmou o comissário europeu de Saúde, Markos Kyprianou, em comunicado. Além das advertências aos consumidores, a CE trabalhará dentro dos comitês de padronização técnica, independentes da União Européia (UE), para reduzir os limites máximos de radiação destes aparelhos.
Atualmente não existem regras de padronização para o uso da radiação ultravioleta nesses aparelhos. A CE não tem poderes para obrigar a indústria a agir desta ou daquela maneira, como reconheceu o porta-voz da Indústria na CE, Gregor Kreuzhuber.
No entanto, segundo a normativa de "baixa voltagem", todos os aparelhos elétricos vendidos dentro da UE "devem ser seguros", e é sobre este pressuposto que a comissão trabalha para "mudar o padrão" dos limites de radiação.
A CE já trabalha na elaboração de advertências em todas as línguas da União Européia. Kreuzhuber confia em que, com a advertência aos usuários e o trabalho com a indústria e com os salões de bronzeamento, será feito um uso melhor dos aparelhos. O relatório científico diz que "as coisas não podem continuar como estão".
Tod acrescentou que o risco é maior quando se soma o uso de máquinas de bronzeamento à exposição aos raios solares, já que "há um efeito acumulativo" que representa "um fator de risco" para as pessoas com maior risco de sofrer câncer de pele.
>> Pesquisa abre caminho para remédio contra gripe aviária.
Londres - Uma tecnologia avançada de raios-X ajudou cientistas a identificar um novo alvo que os criadores de remédios poderão pôr na mira na hora de atacar o vírus letal da gripe aviária. Embora uma nova droga ainda possa estar anos no futuro, a pesquisa publicada hoje oferece a esperança de um novo modo de combater a doença que, um dia, poderá se converter numa terrível epidemia mundial."Ganhamos um alvo que não sabíamos ter", diz o médico Michael Perdue, especialista em gripe da Organização Mundial da Saúde (OMS), e que não tomou parte no estudo. Os pesquisadores usaram raios-X para obter uma "fotografia atômica" dos átomos e moléculas que compõem as duas proteínas da superfície do vírus H5N1. A neuraminidase - o "N" do H5N1 - é a proteína que permite ao vírus espalhar-se pelas células do corpo. As drogas usadas atualmente se baseiam em outros modelos da neuraminidase e não são específicas para o H5N1. Ao identificar o mapa da neuraminidase do H5N1, os pesquisadores poderão se tornar capazes de criar drogas sob medida para atacar a versão do vírus que já matou 139 pessoas nos últimos três anos.As novas drogas contra o H5N1 poderão ser usadas em combinação com o atual principal remédio para a gripe aviária, o Tamiflu. A combinação poderia reduzir o risco de o tratamento estimular o surgimento de um novo vírus, resistente aos remédios, diz John Skehel, autor do artigo sobre o mapeamento da neuraminidase, que será publicado na revista Nature.
>> Tratamento brasileiro é considerado um dos melhores do mundo.
São Paulo - Enquanto a comunidade médica de todo o mundo luta para encontrar a cura da Aids, São Paulo se transformou em um reduto da imigração da saúde. O motivo é que o sistema brasileiro de combate à doença é gratuito e considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos melhores do mundo.O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na Zona Oeste da Capital, serve como termômetro da maior afluência de pacientes europeus, africanos, asiáticos e latino-americanos. Referência nacional no combate ao vírus HIV, o hospital estadual recebeu, de janeiro a julho desse ano, 47 pessoas de outros países. O número já é mais de 80% dos estrangeiros atendidos no ano passado, quando a unidade recebeu 58 imigrantes, de diferentes nações.Segundo o diretor do Emílio Ribas, Sebastião André de Felice, os portugueses foram os mais atendidos, seguidos por angolanos e bolivianos. Ainda há pessoas da Espanha, Alemanha, China, Suécia e Suíça. "Ao contrário do que se imagina, o tratamento contra a aids nos países de primeiro mundo é extremamente caro. Em São Paulo, o atendimento pelo programa contra o HIV e a distribuição de remédios são de graça. Isso atrai os imigrantes, que já vêm referenciados para o Ribas", disse o diretor. Mesmo inferiores aos de outros países, por causa da lei dos genéricos, só os custos do coquetel de três anti-retrovirais bancado pelo governo podem passar de US$ 1 mil por paciente ao ano, preço inacessível para a maioria dos brasileiros. Outros remédios também são distribuídos. Em outros países, o custo anual dos remédios pode passar de R$ 10 mil e não é bancado pelos governos.Com dificuldade para falar português, J.G, de 25 anos, tenta explicar por que não volta para a Bolívia, sua terra natal. "Estava tudo pronto para eu voltar para La Paz. Mas há um mês descobri que tenho aids e não posso pagar o tratamento no meu país. Aqui no hospital, eu consigo até mesmo os oito remédios que preciso tomar todo dia." O boliviano perdeu 25 quilos, mas garante que está se recuperando. "Preciso encontrar forças. O jeito é continuar em São Paulo", disse. Ele chegou à Cidade para trabalhar no Brás, Centro, como costureiro.De acordo com o diretor do Emílio Ribas, a maioria desses pacientes possui algum tipo de vínculo na Capital. Eles se cadastram no hospital com o endereço de parentes ou amigos e, por essa razão, ganham direito ao tratamento. "Não deixamos de atender nenhum brasileiro por causa desses imigrantes. O número é pequeno perto dos cerca de 6 mil atendimentos mensais. Mas essa imigração da saúde pode, se tornar problema, caso aumente."Em outro hospital do Estado, o Centro de Referência de Tratamento em Aids e DST (CRT/Aids), na Vila Mariana, Zona Sul, também há algumas dezenas de estrangeiros em tratamento.Desde 1980, foram atendidos mais de 500 imigrantes da saúde na unidade. Segundo a diretora de internação do CRT, Rosana Del Bianco, não é apenas a gratuidade do serviço a responsável por esse tipo de imigração. "A rede pública brasileira também financia os procedimentos que evitam os efeitos colaterais. Com isso, a qualidade do vida do paciente melhora. Pelo menos aqui no Brasil é possível viver muitos anos com o vírus HIV."Mas isso não significa que os paulistanos estão livres da aids. Somente em 2005 foram registrados cerca de 1.600 novos casos da doença em moradores da Capital.
16.8.06
>> Estudos observam benefícios do café para a saúde.
Pesquisadores apuraram fortes evidências de que o café reduz o risco de diversos males, como a diabetes, doença cardíaca e a cirrose do fígado.
Entre elas está uma análise sistemática publicada no The Journal of the American Medical Association, que concluiu que aquele habitual cafezinho era apropriadamente associado a um menor risco do desenvolvimento da diabetes tipo 2. Exatamente pelo que ele não é conhecido. Mas os autores das pesquisas deram diversas explicações.
O café contém anti-oxidantes que ajudam a controlar o dano causado às células que podem contribuir para o desenvolvimento da doença. Ele é também uma fonte de ácido clorogênico, que em experiências com animais tem se mostrado um redutor das concentrações de glicose.
A cafeína, talvez o componente mais famoso do café, parece ter pouco a ver com tudo isso: estudos realizados com café sem a substância observaram o mesmo grau de probabilidade de redução.
Quantidades maiores de café parecem ser especialmente úteis na prevenção da diabetes. Em nota que reúne dados estatísticos de muitos estudos, pesquisadores apuraram que pessoas que bebiam de 4 a 6 xícaras de café por dia tinham 28% a menos de chances de desenvolver a doença, comparado com aquelas que bebiam 2 ou menos. Quem bebia mais de 6 xícaras tinham uma redução de risco em 35%.
Alguns estudos mostram que o risco cardiovascular também diminui com o consumo de café. Usando dados sobre mais de 27 mil mulheres, com idades entre 55 e 69 anos no Estudo da Saúde da Mulher de Iowa e acompanhadas durante 15 anos, pesquisadores noruegueses descobriram que as mulheres que bebiam de 1 a 3 xícaras de café ao dia reduziam o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares em 24% em relação àquelas que não bebiam café.
Mas à medida que a quantidade crescia, o benefício decrescia. Com mais de 6 xícaras ao dia, o risco não era reduzido de forma significativa. Ainda sim, depois de um filtro de controle por idade, fumo e consumo de álcool, as mulheres que bebiam de 1 a 5 xícaras de café ao dia – com ou sem cafeína – reduziram o risco de morte por qualquer uma das causas em 15% a 19% durante o estudo, comparado àquelas que não consumiam qualquer porção da bebida.
As descobertas, que foram publicadas na edição de maio do The American Journal of Clinical Nutrition, sugerem que anti-oxidantes no café podem abrandar inflamações, reduzindo o risco de distúrbios relacionados a elas, como a doença cardiovascular. Diversos componentes no café podem contribuir com seu potencial anti-oxidante, inclusive o fenol, componentes voláteis de aroma e oxazolas, que são eficientemente absorvidos.
Em outra análise, publicada em julho no mesmo periódico, pesquisadores apuraram que uma típica porção de café contém mais anti-oxidantes do que um copo de suco de uva, de arando, de framboesa ou de laranja.
As mesmas propriedades anti-inflamatórias podem explicar por que o café parece diminuir o risco da cirrose relacionada ao álcool e do câncer no fígado. Este efeito foi observado pela primeira vez em 1992. Estudos recentes, publicados em junho na The Archieves of Internal Medicine, confirmaram a descoberta.
Ainda sim, alguns especialistas acreditam que beber café, e particularmente o consumo de cafeína, pode resultar em conseqüências negativas para a saúde. Um estudo publicado em janeiro no The Journal of the American College of Cardiology, por exemplo, sugere que a quantidade de cafeína em 2 xícaras de café diminuía significativamente o fluxo de sangue para o coração, principalmente durante exercícios em altitudes elevadas.
Rob van Dam, cientista da Harvard e principal autor da análise do The Jornal of the American Associaton, admitiu que a cafeína pudesse aumentar a pressão sangüínea e elevar sutilmente os níveis de do aminoácido homocisteína, podendo elevar o risco de doenças cardíacas.
“Eu não recomendaria às pessoas aumentar o consumo de café a fim de evitar o risco da doença”, disse Dam, “mas a evidência é que para a maior parte das pessoas sem condições específicas, o café não prejudica a saúde. Se as pessoas apreciam a bebida, é confortante saber que não precisam ter medo dos efeitos negativos sobre a saúde”.
Entre elas está uma análise sistemática publicada no The Journal of the American Medical Association, que concluiu que aquele habitual cafezinho era apropriadamente associado a um menor risco do desenvolvimento da diabetes tipo 2. Exatamente pelo que ele não é conhecido. Mas os autores das pesquisas deram diversas explicações.
O café contém anti-oxidantes que ajudam a controlar o dano causado às células que podem contribuir para o desenvolvimento da doença. Ele é também uma fonte de ácido clorogênico, que em experiências com animais tem se mostrado um redutor das concentrações de glicose.
A cafeína, talvez o componente mais famoso do café, parece ter pouco a ver com tudo isso: estudos realizados com café sem a substância observaram o mesmo grau de probabilidade de redução.
Quantidades maiores de café parecem ser especialmente úteis na prevenção da diabetes. Em nota que reúne dados estatísticos de muitos estudos, pesquisadores apuraram que pessoas que bebiam de 4 a 6 xícaras de café por dia tinham 28% a menos de chances de desenvolver a doença, comparado com aquelas que bebiam 2 ou menos. Quem bebia mais de 6 xícaras tinham uma redução de risco em 35%.
Alguns estudos mostram que o risco cardiovascular também diminui com o consumo de café. Usando dados sobre mais de 27 mil mulheres, com idades entre 55 e 69 anos no Estudo da Saúde da Mulher de Iowa e acompanhadas durante 15 anos, pesquisadores noruegueses descobriram que as mulheres que bebiam de 1 a 3 xícaras de café ao dia reduziam o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares em 24% em relação àquelas que não bebiam café.
Mas à medida que a quantidade crescia, o benefício decrescia. Com mais de 6 xícaras ao dia, o risco não era reduzido de forma significativa. Ainda sim, depois de um filtro de controle por idade, fumo e consumo de álcool, as mulheres que bebiam de 1 a 5 xícaras de café ao dia – com ou sem cafeína – reduziram o risco de morte por qualquer uma das causas em 15% a 19% durante o estudo, comparado àquelas que não consumiam qualquer porção da bebida.
As descobertas, que foram publicadas na edição de maio do The American Journal of Clinical Nutrition, sugerem que anti-oxidantes no café podem abrandar inflamações, reduzindo o risco de distúrbios relacionados a elas, como a doença cardiovascular. Diversos componentes no café podem contribuir com seu potencial anti-oxidante, inclusive o fenol, componentes voláteis de aroma e oxazolas, que são eficientemente absorvidos.
Em outra análise, publicada em julho no mesmo periódico, pesquisadores apuraram que uma típica porção de café contém mais anti-oxidantes do que um copo de suco de uva, de arando, de framboesa ou de laranja.
As mesmas propriedades anti-inflamatórias podem explicar por que o café parece diminuir o risco da cirrose relacionada ao álcool e do câncer no fígado. Este efeito foi observado pela primeira vez em 1992. Estudos recentes, publicados em junho na The Archieves of Internal Medicine, confirmaram a descoberta.
Ainda sim, alguns especialistas acreditam que beber café, e particularmente o consumo de cafeína, pode resultar em conseqüências negativas para a saúde. Um estudo publicado em janeiro no The Journal of the American College of Cardiology, por exemplo, sugere que a quantidade de cafeína em 2 xícaras de café diminuía significativamente o fluxo de sangue para o coração, principalmente durante exercícios em altitudes elevadas.
Rob van Dam, cientista da Harvard e principal autor da análise do The Jornal of the American Associaton, admitiu que a cafeína pudesse aumentar a pressão sangüínea e elevar sutilmente os níveis de do aminoácido homocisteína, podendo elevar o risco de doenças cardíacas.
“Eu não recomendaria às pessoas aumentar o consumo de café a fim de evitar o risco da doença”, disse Dam, “mas a evidência é que para a maior parte das pessoas sem condições específicas, o café não prejudica a saúde. Se as pessoas apreciam a bebida, é confortante saber que não precisam ter medo dos efeitos negativos sobre a saúde”.
>> Calor favorece o surgimento da catapora.
São Paulo - O calendário das estações do ano entrou em parafuso. O inverno parece verão e os casacos, gorros e blusas de lã estão encostados no armário. Com os termômetros na casa dos 30º, o frio já não é mais ameaça para o paulistano. Mas o calor pode se tornar um risco. Além das doenças respiratórias provocadas pelo ar seco, as temperaturas altas também podem fazer com que a catapora apareça e provoque surtos, principalmente em creches e escolas."O número de casos registrados de varicela, conhecida popularmente como catapora, costuma aumentar no final de agosto e início de setembro. Nesta época do ano, a aglomeração de pessoas facilita o contágio da doença, em especial nos locais em que as pessoas passam muito tempo", explica o coordenador de Controle de Doenças (CCD) da Secretaria de Estado da Saúde, Carlos Magno Fortaleza.Causada pelo vírus Varicela zoster, a doença é infecciosa e provoca lesões na pele, que se transformam em pintinhas vermelhas espalhadas pelo corpo. Além das manchas, outros sintomas são coceira, febre e dores musculares.De acordo com a chefe do setor de Infectologia Pediátrica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Lily Yin Weckx, mais de 90% dos casos registrados de catapora acontecem em pacientes com idades entre um e nove anos."Nessa faixa etária, é mais comum aparecer a doença porque, nos primeiros doze meses de vida, o bebê tem anticorpos maternos que impedem a manifestação do vírus. Após essa idade, a proteção acaba e a criança fica mais suscetível a desenvolver a catapora", afirma a especialista da Unifesp.Para evitar que as carteiras das salas de aula fiquem vazias por causa da catapora, o ideal é que as escolas e creches fiquem atentas. "As instituições de ensino devem identificar o aluno doente e, após a recomendação médica, solicitar o seu afastamento. Só assim os outros estudantes deixam de ser infectados e os surtos são impedidos", orienta o coordenador estadual Fortaleza.Apesar de existir vacina contra o vírus Varicela zoster, as doses não são distribuídas de graça nos postos de saúde, assim como acontece com o sarampo, por exemplo. "A imunização é oferecida em clínicas particulares, para crianças a partir de um ano, por preços que variam entre R$ 100 e R$ 110", afirma Lily Weckx. Mas, no Estado de São Paulo, a Secretaria de Saúde oferece a vacina de graça em creches quando é notificado algum surto."Consideramos surtos quando mais de um caso é confirmado no mesmo local. Vacinamos crianças menores de cinco anos para bloquear uma disseminação ainda maior da doença. Essa é uma iniciativa pioneira de São Paulo", garante o coordenador do CCD.Depois de infectada pelo vírus, a pessoa demora entre 14 e 21 dias para manifestar os sintomas da catapora. Quando os sinais aparecem, a transmissão acontece, em média, 48 horas após o contágio.
>> Estudo avalia efeito colateral de quimioterapia.
Washington - Mulheres jovens com câncer de mama parecem sofrer efeitos colaterais mais graves da quimioterapia do que se pensava anteriormente. Cerca de um sexto dessas mulheres vão parar em um pronto-socorro ou se vêem hospitalizadas por conta de efeitos colaterais como infecção, baixa contagem do sangue, desidratação e náusea, dizem pesquisadores. Alguns desses efeitos negativos foram registrados em taxas até quatro vezes maiores que o previsto.O estudo divulgado hoje representa a primeira tentativa de avaliar os riscos reais da quimioterapia, envolvendo 35.000 pacientes com menos de 64 anos e que recebem as drogas todos os anos. A maioria das informações sobre efeitos colaterais vem de testes clínicos ds medicamentos, e podem acabar subestimando a toxicidade. "Não acreditamos que nosso estudo diga que a quimioterapia não é útil", faz questão de afirmar o médico Michael Hassett, chefe da equipe responsável pela pesquisa, publicada no periódico Journal of the National Cancer Institute. Mas "a comunidade profissional vem se esforçando para entender quais mulheres realmente se beneficiam da quimioterapia".
15.8.06
>> A história de um medicamento genérico cuja história ainda está por ser escrita.
Os capítulos iniciais de uma autobiografia em fase de reação se encontram em meio a centenas de frascos de pílulas e pilhas de documentos legais no escritório de Bernard C. Sherman. Essa será a história de uma criança inteligente nascida em Toronto que se tornou a pessoa mais rica e influente do setor de medicamentos genéricos.Embora seja um trabalho ainda em andamento, ele tem as características de um livro que prende o leitor. Um dos capítulos conta como um funcionário de uma companhia farmacêutica conhecida se ofereceu para vender-lhe arquivos secretos. Um outro, segundo ele, descreverá como Sherman pegou um rival roubando a fórmula de um genérico que é um sucesso de vendas, desenvolvido pela sua companhia, a Apotex.Mas aquilo que promete ser o capítulo mais instigante do livro ainda está por ser escrito. Trata-se da parte na qual Sherman aparentemente supera duas grandes companhias farmacêuticas, a Bristol-Myers Squibb e a Sanofi-Aventis, para comercializar a primeira modalidade genérica da droga Plavix, um sucesso de vendas, cinco anos antes da expiração da patente do remédio. E é possível que essa história termine com alguém na cadeia."Eles foram incapazes de perceber que talvez certas coisas fariam com que acabassem presos", disse Sherman na última sexta-feira durante uma entrevista no prédio de Toronto no qual a sua cópia genérica do Plavix está sendo fabricada.Apesar da sua reputação de ser um empresário perspicaz e combativo, Sherman tem a aparência de um cientista, com os seus cabelos grisalhos despenteados, óculos e uma palidez que sugere que ele raramente passa períodos ao ar livre. O jaleco branco de laboratório que ele usa traz o seu apelido, Barry.O Departamento de Justiça está investigando se a Bristol-Myers e a Sanofi tentaram ocultar das autoridades parte de um acordo que estavam negociando com Sherman no sentido de pôr um fim a um processo judicial para decidir a validade da sua patente. Esse acordo, sujeito à aprovação federal e estadual, teria preservado o monopólio lucrativo das companhias durante mais cinco anos, e manteria o preço do Plavix elevado.Sherman alega - e as cartas que enviou ao Congresso em julho parecem corroborar o que diz - que negociou o acordo acreditando que a Comissão Federal de Comércio e o procurador geral do Estado jamais o aprovariam. Sherman conta que só negociou para obter concessões favoráveis da Bristol-Myers e da Sanofi que vigorariam mesmo que o governo não aprovasse o acordo.Estimulada por essas concessões, a companhia de Sherman começou a enviar a sua versão do Plavix para os Estados Unidos na última terça-feira, depois que os reguladores governamentais rejeitaram de fato o acordo relativo à patente.No final da semana passada, Sherman declarou que uma quantidade de Plavix genérico no valor de centenas de milhões de dólares estava no mercado dos Estados Unidos, potencialmente prejudicando o produto de marca, que no ano passado foi responsável por vendas no valor de US$ 3,5 bilhões no mercado estadunidense.A versão genérica da Apotex está sendo vendida por um preço 10% a 20% inferior do que o Plavix, que custa US$ 4 por dia, e que é muito usado pra prevenir a reincidência de ataques cardíacos e derrames. A Bristol-Myers anunciou na segunda-feira que a companhia estava fornecendo descontos aos seus fregueses em uma tentativa de conter o preço do genérico da Apotex.A Bristol-Myers e a Sanofi, que garantem que não fizeram nada de inapropriado, entraram com uma ação contra a Apotex no tribunal federal em Manhattan na segunda-feira (14/08), procurando impedir mais vendas do medicamento genérico.Em uma mensagem de e-mail aos 43 mil funcionários da Bristol-Myers em todo o mundo, o chefe, Peter R. Dolan, disse que caso as medidas ilegais não sejam capazes de proteger a patente do Plavix, a entrada do genérico no mercado poderá prejudicar o financiamento de testes clínicos adicionais da droga. "Isso poderia gerar quedas potencialmente irreversíveis de preço, impactos na disposição do consumidor de adquirir o produto e potenciais demissões", escreveu Dolan.C. Anthony Butler, um analista da Lehman Brothers, disse na segunda-feira que a Bristol e a Sanofi têm uma chance maior do que 50% de vencerem a disputa judicial. Mas Sherman insiste que as chances favorecem a sua companhia.Em uma entrevista na sede de aço e vidro da Apotex, em Toronto, Sherman se recusou a fornecer muitos detalhes sobre a investigação, afirmando que espera dar o seu depoimento a um grande júri federal em Washington, em setembro e outubro.Mas ele indica que existem e-mails incriminadores e talvez outros documentos, e que esse poderia ser o motivo pelo qual agentes federais vasculharam os escritórios da Bristol-Myers na Park Avenue, em Manhattan, no mês passado.Em uma audiência no tribunal, em 4 de agosto último, Evan R. Chesler, um advogado da Bristol Myers e da Sanofi, acusou Sherman de sabotar o acordo de patente ao fornecer falsas informações ao governo, o que desencadeou a investigação criminal."Tudo o que sei", declarou Sherman, "é que o que quer que eu esteja dizendo às autoridades é a verdade e somente a verdade".Enquanto isso, a produção em grande escala de clopidogrel, o nome genérico do Plavix, prossegue na sede da Apotex e em uma outra reluzente unidade de fabricação em Toronto. Na última sexta-feira, em um período de 13 horas a linha de fabricação mecanizada da companhia produziu quatro milhões de pílulas rosas do medicamento.Como fundador da maior companhia farmacêutica do Canadá, com mais de 5.000 funcionários, Sherman está entre os homens mais ricos do seu país, com uma fortuna que as revistas especializadas calculam ser de quase US$ 4 bilhões. Ele e a mulher, Honey, doam anualmente milhões de dólares a instituições de caridade. Os Sherman têm quatro filhos, dois dos quais dizem estar interessados em ingressar neste ramo."Eu não tenho idéia de quanto valemos", afirmou Sherman. "Esta é uma empresa privada". Mas ele acrescentou com um sorriso irônico: "Ela vale mais hoje do que valia na semana passada. Isso eu posso lhe dizer".Sherman disse que as vendas da sua companhia, de mais de US$ 1 bilhão no ano passado, poderiam quase dobrar caso o mercado do Plavix genérico se comportasse bem.Sherman, 64, cresceu em Toronto e estudou no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), tendo obtido um doutorado em Astronáutica. Mas ele não tinha planos de seguir carreira nessa área."Eu estava perdido com relação ao que queria fazer", disse ele.Ele decidiu seguir os passos do tio, que possuía uma pequena companhia de medicamentos genéricos no Canadá, e que morreu enquanto Sherman estudava no MIT. Após adquirir e administrar a companhia do tio, ele fundou a Apotex em 1974 em uma instalação de 460 metros quadrados dotada de equipamentos usados."A primeira máquina de fazer comprimidos foi comprada usada por duzentos dólares", relembra Sherman. "Naquela época eu fiz de tudo, desde limpar o chão até assinar cheques".Mas o clima para os fabricantes de genéricos era hospitaleiro no Canadá, com os seus programas universais de saúde. Uma lei de licenciamento compulsório tornou mais fácil para as companhias de genéricos fabricar e vender medicações que ainda estavam sob regime de patente.Em 1980 a Apotex se tornou a primeira companhia a vender uma versão genérica do Inderal, à época uma droga popular para combater a pressão alta e os problemas cardíacos."Isso nos proporcionou os fundos necessários para investirmos e continuarmos a crescer", conta Sherman.Um outro grande passo foi dado em 2003, quando a companhia foi a primeira a comercializar uma forma genérica de Paxil, o antidepressivo vendido pela GlaxoSmithKline. Aquele foi um "lançamento de risco", o jargão da indústria que significa que a companhia de genéricos vende o seu medicamento antes que o litígio judicial em torno da patente tenha sido concluído.A companhia de Sherman acabou vencendo o litígio pela patente do Paxil. O episódio lhe rendeu a reputação de ser alguém capaz de fazer lançamentos de risco, e disposto a expor a sua companhia a grandes danos financeiros caso perdesse um caso envolvendo patentes.Porém, em uma das concessões que arrancou da Bristol-Myers e da Sanofi, as duas companhias concordaram em abrir ao do seu direito, segundo a legislação federal, de procurar obter o triplo do valor em indenização por danos financeiros caso vencessem a Apotex na disputa em torno da patente do Plavix.Sherman está acostumado a controvérsias. Em 1995, uma companhia estrangeira de comércio de remédios por encomenda postal ligada a Sherman foi alvo das agências de regulamentação norte-americanas por vender medicamentos nos Estados Unidos sem aprovação. A companhia se declarou culpada de remeter remédios não aprovados, e foi multada em US$ 500 mil. Sherman alega que o seu único papel na companhia era o fornecimento de remédios, e que nem ele nem a Apotex fizeram qualquer coisa ilegal.Em 1998, um médico da Universidade de Toronto que fazia uma pesquisa clínica com uma droga da Apotex para o tratamento de uma rara desordem chamada talassemia acusou a companhia de ocultar os resultados que indicavam problemas com o medicamento. Sherman concordou em ser entrevistado no programa "60 Minutes" para defender a sua empresa.Devido ao fato de o segmento que foi ao ar ter incluído o trecho no qual Sherman chama o pesquisador de "maluco" em frente à câmera, o episódio ainda é conhecido dentro da Apotex como "o fiasco dos 60 Minutos". Mas a droga da Apotex, o deferiprone, atualmente é aprovada em mais de 30 países.Para Sherman, inserir o Plavix genérico e outros produtos no mercado parece ter se tornado uma espécie de cruzada. Embora várias companhias fabricantes de genéricos estejam fazendo acordos financeiros com os fabricantes de remédios de marca a fim de manter os genéricos fora do mercado e aumentar o monopólio das grandes empresas, Sherman afirma que é contrário a tais negócios."Fico furioso com esse tipo de coisa", afirma ele. "Estamos trabalhando arduamente no sentido de inserir os genéricos no mercado, e ao mesmo tempo vemos todos esses jogos comerciais".D'Arcy Jenish, uma jornalista canadense que escreveu um livro autorizado pela indústria, "Trials and Triumphs" ("Julgamentos e Triunfos"), sobre as fabricantes canadenses de remédios, diz que a Bristol-Myers e a Sanofi deveriam ter sido mais cautelosa na hora de negociar com Sherman."Barry jamais se associaria às grandes empresas", garante Jenish. "Eu creio que ele acredita apaixonadamente que aquilo que está fazendo é fornecer remédios baratos ao povo, e que se ele não fizer isso, ninguém mais fará".Sherman está envolvido em litígio com a Bristol-Myers e a Sanofi desde 2002. Mas foi apenas no início deste ano, depois que a Administração de Alimentos e Remédios dos Estados Unidos aprovou a formulação da Apotex para o Plavix genérico, que as grandes companhias procuraram de fato negociar.Em março, as partes anunciaram um acordo segundo o qual a Bristol-Myers e a Sanofi pagariam à Apotex um mínimo de US$ 40 milhões e concederiam à empresa o direito de vender o Plavix genérico meses antes da expiração da patente do remédio , em 2011.Sherman disse que foi só porque jamais acreditou que o acordo seria aprovado que insistiu nas concessões, caso isso acontecesse. Segundo ele, o seu principal objetivo era reduzir o perigo palpável de que as fabricantes de genéricos correm quando vendem com risco - ou seja, o risco de danos triplos, com base no triplo do valor das vendas das drogas genéricas.A Bristol-Myers e a Sanofi negociaram no sentido de reduzir a maior parte da ameaça, concordando em limitar os danos a 50% das vendas da Apotex caso o seu acordo fosse rejeitado.As companhias também concordaram em conceder a Sherman cinco dias no mercado antes de entrarem com uma injunção preliminar para detê-lo, dando a Apotex um tempo que ela usou para inundar as farmácias com a sua versão do Plavix. Uma audiência sobre esse pedido de injunção está marcada para a próxima sexta-feira.A alegação de Sherman de que não esperava que os reguladores aprovassem o acordo sobre a patente é apoiada por uma carta que escreveu a três senadores dos Estados Unidos em 7 de julho, criticando a tendência crescente dos fabricantes de genéricos de fazer acordos com as grandes companhias farmacêuticas."Antes de passar à questão fundamental desta carta", escreveu Sherman, "eu preciso fazer um comentário sobre a idéia bastante divulgada de que a Apotex se engajou em um acordo anticompetitivo com a Sanofi/BMS com relação ao clopidogrel (Plavix). Tal idéia é incorreta. A Apotex negociou apenas no sentido de remover as barreiras para o lançamento imediato do remédio. Para atingir esse objetivo, fizemos um arranjo algo bizarro que permitirá esse lançamento imediato, se e quanto a Comissão Federal de Comércio se recusar a aprovar o acordo".A carta - endereçada aos senadores Charles E. Grassley, republicano por Iowa; e aos democratas Charles E. Schumer, de Nova York, e Herbert H. Kohl, de Wisconsin - previu de forma acurada que a recusa ocorreria dentro de semanas.De acordo com Sherman, toda essa história constará da sua autobiografia, ou ela poderá emergir ainda mais rapidamente, à medida que os fatos relativos ao Plavix são divulgados."No momento certo vocês conhecerão toda a história" garante Sherman.
>> Ingestão da dose máxima diária de Tylenol permitida pode causar danos ao fígado.
Quem nunca ouviu aquela expressão que diz que tudo que é demais faz mal? Sem fugir desse paradigma, pesquisadores norte-americanos realizaram estudos com 106 pacientes que usaram doses máximas do analgésico Tylenol durante duas semanas. Ao final dos testes, uma parte dos integrantes desse grupo apresentarou sinais de anomalia no fígado.
O estudo, publicado nesta semana no Journal of the American Medical Association (jama.ama-assn.org), dividiu os pacientes em dois grupos para análise: um com participantes que tomaram quatro gramas diárias do medicamento (a dose máxima indicada) e outro, composto por 39 pessoas que tomaram pílulas falsas, os chamados placebos.
Quase 40% dos pacientes que ingeriram a quantidade máxima de Tylenol apresentaram, em testes clínicos, resultados que indicariam dano ao fígado. Já, entre o grupo que tomou placebos, não foram constatados problemas no órgão. A pesquisa englobou um número pequeno de participantes, por isso não é conclusiva. Um dos autores desse estudo, Neil Kaplowitz, da Universidade do Sul da Califórnia, explica que o Tylenol é uma droga com uma janela de segurança bastante estreita: “Eu pediria que o público não ultrapassasse quatro gramas por dia do remédio”.
Outra recomendação de Kaplowitz é que as pessoas que bebem demais não devem tomar mais de dois gramas diários do medicamento. A dose máxima do analgésico paracetamol contida em cada comprimido à venda no Brasil é 750 miligramas. Porém, para Paul Watkins, da Universidade da Carolina do Norte, também autor da pesquisa, os resultados não deveriam causar muita preocupação. Segundo ele, o paracetamol, ingrediente ativo do Tylenol, é usado há mais de 50 anos com segurança.
O estudo, publicado nesta semana no Journal of the American Medical Association (jama.ama-assn.org), dividiu os pacientes em dois grupos para análise: um com participantes que tomaram quatro gramas diárias do medicamento (a dose máxima indicada) e outro, composto por 39 pessoas que tomaram pílulas falsas, os chamados placebos.
Quase 40% dos pacientes que ingeriram a quantidade máxima de Tylenol apresentaram, em testes clínicos, resultados que indicariam dano ao fígado. Já, entre o grupo que tomou placebos, não foram constatados problemas no órgão. A pesquisa englobou um número pequeno de participantes, por isso não é conclusiva. Um dos autores desse estudo, Neil Kaplowitz, da Universidade do Sul da Califórnia, explica que o Tylenol é uma droga com uma janela de segurança bastante estreita: “Eu pediria que o público não ultrapassasse quatro gramas por dia do remédio”.
Outra recomendação de Kaplowitz é que as pessoas que bebem demais não devem tomar mais de dois gramas diários do medicamento. A dose máxima do analgésico paracetamol contida em cada comprimido à venda no Brasil é 750 miligramas. Porém, para Paul Watkins, da Universidade da Carolina do Norte, também autor da pesquisa, os resultados não deveriam causar muita preocupação. Segundo ele, o paracetamol, ingrediente ativo do Tylenol, é usado há mais de 50 anos com segurança.
>> Bebidas também podem ser vilãs do peso.
O alvo preferido das dietas são os doces, pizzas, sanduíches, todas as comidas bem vistosas, com altos valores calóricos. As bebidas são ignoradas nos regimes e ingeridas sem peso na consciência. Porém, elas não são tão inofensivas quanto se pensa. De acordo com Susan Aaronson, do departamento de promoção da saúde da Universidade de Michingan, EUA, mais de 20% das calorias consumidas diariamente chegam ao nosso corpo através do que bebemos.
É recomendado pela Organização Mundial da Saúde que apenas 10% das nossas necessidades calóricas sejam supridas pelas bebidas. O consumo exagerado de refrigerantes e bebidas alcoólicas prejudicam o controle de peso, além de interferirem na ingestão de líquidos que contêm vitaminas e sais minerais, como os sucos de frutas. Um copo de vinho, por exemplo, tem cerca de 100 calorias; uma lata de cerveja, 150 calorias e um ‘drink’ tipo daiquiri, 500 ou mais.
Até mesmo os sucos prontos vendidos nos supermercados, que apresentam no rótulo a mensagem “fabricado com verdadeiro suco de frutas”, podem conter menos de 10% do verdadeiro suco da fruta. Por isso, a água é a bebida que podemos e devemos abusar. Em média, um adulto deve tomar de 4 a 6 copos de água por dia, suplementados com leite e suco de frutas, quantidade necessária para o bom funcionamento do organismo.
É recomendado pela Organização Mundial da Saúde que apenas 10% das nossas necessidades calóricas sejam supridas pelas bebidas. O consumo exagerado de refrigerantes e bebidas alcoólicas prejudicam o controle de peso, além de interferirem na ingestão de líquidos que contêm vitaminas e sais minerais, como os sucos de frutas. Um copo de vinho, por exemplo, tem cerca de 100 calorias; uma lata de cerveja, 150 calorias e um ‘drink’ tipo daiquiri, 500 ou mais.
Até mesmo os sucos prontos vendidos nos supermercados, que apresentam no rótulo a mensagem “fabricado com verdadeiro suco de frutas”, podem conter menos de 10% do verdadeiro suco da fruta. Por isso, a água é a bebida que podemos e devemos abusar. Em média, um adulto deve tomar de 4 a 6 copos de água por dia, suplementados com leite e suco de frutas, quantidade necessária para o bom funcionamento do organismo.
>> Saúde defende integração das ações contra a dengue para evitar surtos.
O coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, defendeu anteontem (7/6), em Fortaleza (CE), a necessidade de manter a integração entre as ações de vigilância epidemiológica, assistência adequada aos pacientes, vigilância ambiental e comunicação em saúde para obter êxito no combate à doença. Afirmou também que o envolvimento da população nas atividades de eliminação dos criadouros é essencial para evitar a proliferação do Aedes aegypit, mosquito transmissor da doença. Outra importante ação é a realização do Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), prevista para o próximo mês de outubro. Esse levantamento permite identificar populações do Aedes com tempo hábil para que as prefeituras adotem medidas capazes de reduzi-las antes do período mais crítico. O coordenador do PNCD abriu, anteontem, as atividades do 3º Curso Internacional de Gestão Integrada de Prevenção e Controle da Dengue, sediado na capital cearense até o dia 18 de agosto. Também participaram da solenidade o secretário estadual de saúde do Ceará, Jurandi Frutuoso, do secretário municipal de saúde de Fortaleza, Odorico Monteiro, e do representante da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) no Brasil, Ruben Figueroa.Destinado aos coordenadores dos programas de controle da dengue nos estados e municípios brasileiros e de países do Mercosul, o curso tem por objetivo aprimorar o gerenciamento das ações contra a doença em caso de epidemia. Para aborda os seguintes temas: vigilância epidemiológica, assistência aos pacientes, aplicação de recursos financeiros e comunicação e mobilização comunitária. Também integram a programação do evento o combate ao mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypit, métodos de diagnóstico laboratorial da doença e saneamento ambiental, entre outros tópicos. As atividades, que começam sempre às 8h30, no Hotel Vila Galé Fortaleza - Avenida Dioguinho, 4.189, Praia do Futuro - se estendem até 18 de agosto.Panorama - Nos primeiros seis meses de 2006 foram registrados, em todo o país, 198,9 mil casos de dengue, 10,89% a mais do que no ano passado, quando 179,3 mil pessoas tiveram a doença. Doze estados apresentaram aumento no número de casos (Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe, além do Distrito Federal).A Região Nordeste registrou queda de 43% nas notificações de dengue. Entre janeiro e junho deste ano foram registrados 45,7 mil casos da doença na região, contra 80,3 mil no mesmo período de 2005. No Ceará a queda foi de 17% - 18,6 mil casos em 2006 contra 22,5 mil no ano passado. O estado, no entanto, é o que apresenta maior número de casos de febre hemorrágica de dengue, com 84 casos.Epidemias de grandes proporções, como a que houve em 2002, com 800 mil casos e 150 óbitos, não ocorreram em 2006, principalmente em razão da continuidade das ações de controle, acompanhadas de atividades específicas realizadas antecedendo o verão 2005/2006. Dentre essas ações, destacam-se o Dia D contra a Dengue - 19 de novembro - e o Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa).
14.8.06
>> Quase 30% dos pacientes nas UTIs são terminais.
No início, quando a estrutura foi montada, os pacientes encaminhados para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) eram somente aqueles que tinham uma piora grave ou chegavam a um estado de saúde crítico que necessitava de tratamentos diferenciados, maior atenção e toda a tecnologia disponível. Isso continua sendo verdade. Porém, atualmente, cerca de 30% dos pacientes levados para esses leitos nos hospitais brasileiros estão em estado terminal e irreversível, segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM).“UTI é um local com concentração de equipamentos e pessoal diferenciado para atender os pacientes com uma piora aguda no quadro e com terapias disponíveis para ajudá-lo. Só que hoje cerca de 30% dos pacientes que são levados para lá não têm nenhuma expectativa de melhora, ou seja, não há mais tratamento para eles”, afirma Reinado Ayer de Oliveira, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
>> Campanha contra paralisia deve imunizar 18 mil crianças.
A Secretaria de Estado da Saúde pretende vacinar no próximo dia 26, durante a segunda etapa da campanha nacional contra a paralisia infantil, 3,1 milhões de crianças. Em Limeira, para atingir 95% do público infantil até cinco anos, a expectativa é aplicar 18 mil doses.A informação foi dada ontem pelo secretário da Saúde, Fausto Antonio de Paula. Na primeira etapa, realizada em junho, 17.629 crianças foram vacinadas. Quem acabou não recebendo a dose, deverá aderir à segunda etapa normalmente.Segundo Fausto, a prevenção através da vacina é o meio mais seguro de evitar a poliomielite. Por isso, como ocorreu em edições anteriores, a Secretaria de Estado enviará a dupla Zé e Maria Gotinha para divulgar a campanha em cidades paulistas. Nesta etapa, cerca de 23 mil postos de vacinação, 50 mil profissionais e 4,8 milhões de doses de vacinas contra poliomielite estarão à disposição da população em todo o Estado. Em Limeira, segundo a Secretaria da Saúde, 250 profissionais atuarão na campanha que incluirá diversos locais como todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), pontos do Programa Saúde da Família (PSF), supermercados e zona rural. “A participação dos pais é de extrema importância para atingirmos o nosso objetivo e manter a doença erradicada em nossa cidade. Mesmo quem tomou a dose anterior precisa comparecer para garantir a imunização completa”, reforçou.Neste dia, Fausto informou que as crianças poderão receber, além da vacina contra a poliomielite, doses de vacinas que estejam em atraso na caderneta, como Tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche), Tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) e contra hepatite B.A vacina contra a pólio é segura e os efeitos colaterais são extremamente raros. Caracterizada por febre, mal-estar, cefaléia e, em certos casos, paralisia, a poliomielite deve ser imediatamente notificada para a vigilância epidemiológica da região. (ESS)
>> Hospital do Servidor Público Municipal inaugura novo ambulatório de cardiologia.
Desde o dia 19/07 o Hospital do Servidor Público Municipal conta com uma nova Seção Técnica de Cardiologia. A reforma, fruto do programa de integração entre a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo e o Incor, permite atender a população de funcionários públicos municipais em consultas médicas e exames de eletrocardiograma, holter, mapa, teste ergométrico e ecocardiograma.
A parceria possibilita a resolução total dos casos de menor e maior complexidade após avaliação dos cardiologistas do HSPM e consequente encaminhamento ao Incor para realização de procedimentos. A nova Seção de Cardiologia visa ainda integrar 10 cardiologistas do HSPM aos 12 cardiologistas disponibilizados pelo programa e a montagem do centro de diagnóstico com equipamentos cedidos pelo Incor.
Na obra, que incluiu reforma, mobiliário, equipamentos de informática e condicionadores de ar, foram gastos R$ 344.305,55. Nos equipamentos alocados pelo Incor (eco, teste de esforço, holter e mapa), foram investidos R$ 1.068.437,50.
A nova Seção Técnica de Cardiologia funciona de 2ª a 6ª feira, no período diurno, e tem capacidade de realizar cerca de 10.840 procedimentos/mês
A parceria possibilita a resolução total dos casos de menor e maior complexidade após avaliação dos cardiologistas do HSPM e consequente encaminhamento ao Incor para realização de procedimentos. A nova Seção de Cardiologia visa ainda integrar 10 cardiologistas do HSPM aos 12 cardiologistas disponibilizados pelo programa e a montagem do centro de diagnóstico com equipamentos cedidos pelo Incor.
Na obra, que incluiu reforma, mobiliário, equipamentos de informática e condicionadores de ar, foram gastos R$ 344.305,55. Nos equipamentos alocados pelo Incor (eco, teste de esforço, holter e mapa), foram investidos R$ 1.068.437,50.
A nova Seção Técnica de Cardiologia funciona de 2ª a 6ª feira, no período diurno, e tem capacidade de realizar cerca de 10.840 procedimentos/mês
11.8.06
>> Técnica de redução de estômago é usada contra diabete.
São Paulo - Dois centros médicos paulistas, o Hospital das Clínicas (HC) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), estão tentando comprovar cientificamente uma técnica inédita no País e ainda pouquíssimo estudada no mundo: tratar a diabete tipo 2 com técnicas de cirurgia bariátrica (redução de estômago) em pacientes não obesos. Hoje, a operação é indicada para os chamados obesos mórbidos, ou seja, pessoas que têm Índice de Massa Corpórea (IMC), referência usada na medicina para saber se o paciente está no peso normal, acima de 40. O cálculo é simples: peso (quilos) dividido pela altura (metros) ao quadrado.Na Unicamp, quatro pacientes foram operados nos últimos três meses. "Os resultados são bons. Um já não usa a insulina e três estão com 1/3 da dose, prestes a parar de usar", diz José Carlos Pareja, coordenador do Serviço de Cirurgia de Obesidade na Unicamp. "Mas é cedo. Estamos apenas no início de uma análise científica." O protocolo, que já passou por aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), vai envolver um total de 12 voluntários com IMC de até 31.Nas próximas semanas, o cirurgião Nilton Kawahara, coordenador do setor de Videolaparoscopia da Cirurgia Geral do HC, vai apresentar oficialmente o pedido de aprovação de abertura do protocolo ao Conselho de Ética da instituição para começar o trabalho com voluntários: 25 pessoas com mais de 18 anos, diagnóstico de diabete tipo 2 há cinco anos e IMC máximo de 35.O tipo de cirurgia usado pelos pesquisadores é o que cria um atalho para o alimento no aparelho digestivo. "Cerca de 50% do intestino delgado é desviado", explica Kawahara. O que a cirurgia faz é estimular um hormônio chamado incretina, que aumenta a fabricação de insulina - substância que leva a glicose até às células do corpo. As incretinas são fabricadas pelo aparelho digestivo quando nos alimentamos. Elas caem na corrente sanguínea e vão até o pâncreas, onde estimulam a fabricação de insulina.O desvio faz com que o alimento chegue mais rápido à parte final do intestino, lugar onde é produzido um tipo de incretina, a GLP1. No intestino delgado ocorre a parte mais importante da digestão, onde é absorvida a maior parte dos nutrientes. "Se a comida chega mais cedo, o hormônio é produzido mais rapidamente", explica o médico do HC.Em pacientes magros, o estômago não é reduzido - em obesos, retira-se de 70% a 95% do órgão. "Mesmo assim, o paciente perde um pouco a fome e emagrece um pouco", diz Pareja. Os voluntários que já foram operados perderam, em três meses, cerca de 3 quilos.O diabético tem elevação de cerca de 6% de incretinas quando se alimenta. Em uma pessoa saudável, a média é de 60%. O hormônio também tem sido um dos principais alvos de investimento da indústria farmacêutica - pelo menos três drogas de última geração estão prestes a chegar ao mercado brasileiro com ação justamente nas incretinas.O interesse médico em testar a técnica em pacientes não obesos veio com a constatação de que cerca de 80% dos obesos com diabete tipo 2 operados voltavam a ter índices de glicemia normais bem antes da perda significativa de peso. "Na maioria das vezes, em menos de um mês após a cirurgia, os índices de glicemia voltam ao normal", diz Kawahara. "No mesmo período, o paciente perde apenas cerca de 10% do que tem que emagrecer."A perda de peso ajuda na estabilização de glicose, já que o excesso de gordura nas células dificulta a entrada da insulina. Mas os médicos perceberam que não era bem o emagrecimento o principal responsável pela queda nos índices de glicemia no pós-operatório, e sim a maior produção de incretina.Por enquanto, poucos países estão envolvidos com o assunto. "No México e no Chile, já há estudos em humanos", diz Pareja. Na Itália, de onde surgiu um dos principais trabalhos com cobaias (todos os camundongos da pesquisa com diabete tipo 2 tiveram índices de glicose normalizados), o estudo em humanos está em fase de aprovação.
>> Preservativo protege contra câncer do útero.
Os especialistas já desconfiavam há muito tempo, e agora há provas concretas: o uso de preservativos reduz drasticamente o risco de transmissão do vírus que causa verrugas genitais e a maior parte dos casos de câncer de colo do útero, segundo estudo publicado na revista norte-americana New England Journal of Medicine.
O estudo ouviu e examinou 82 mulheres. Entre as que declararam que seus parceiros sempre usavam preservativos, havia uma probabilidade 70 por cento menor de desenvolver uma infecção pelo papilomavírus humano (HPV) do que entre as que declararam que seus parceiros usavam preservativo em menos de 5 por cento das relações.
Essa é a pesquisa mais abrangente sobre o tema até agora, e é importante porque vários estudos anteriores sugeriram que os preservativos eram pouco úteis contra o vírus, que é transmitido pelo contato entre mucosas.
"Mesmo mulheres cujos parceiros usavam preservativos mais de metade do tempo tinham 50 por cento de redução de risco, em comparação àquelas cujos parceiros usavam preservativos menos de 5 por cento do tempo", disseram os pesquisadores, chefiados por Rachel Winer, da Universidade de Washington.
Eles acompanharam a saúde e a atividade sexual ¿ com ou sem o uso de preservativos ¿ de 82 mulheres da universidade, que mantinham diários na Internet e se submetiam a exames ginecológicos a cada quatro meses. As pacientes foram acompanhadas durante um ano.
No começo deste mês, as autoridades norte-americanas aprovaram a primeira vacina, chamada Gardisil, contra quatro tipos de HPV que supostamente são responsáveis por mais de 70 por cento dos casos de câncer de colo do útero e 90 por cento das verrugas genitais. A vacina é fabricada pelo laboratório Merck.
O HPV afeta cerca de metade dos adultos sexualmente ativos em algum momento das suas vidas, mas em geral é inofensivo. Às vezes, porém, pode criar células anômalas na extremidade do útero, que eventualmente se tornam cancerosas. Cerca de 300 mil mulheres morrem desse tipo de câncer por ano no mundo.
O estudo ouviu e examinou 82 mulheres. Entre as que declararam que seus parceiros sempre usavam preservativos, havia uma probabilidade 70 por cento menor de desenvolver uma infecção pelo papilomavírus humano (HPV) do que entre as que declararam que seus parceiros usavam preservativo em menos de 5 por cento das relações.
Essa é a pesquisa mais abrangente sobre o tema até agora, e é importante porque vários estudos anteriores sugeriram que os preservativos eram pouco úteis contra o vírus, que é transmitido pelo contato entre mucosas.
"Mesmo mulheres cujos parceiros usavam preservativos mais de metade do tempo tinham 50 por cento de redução de risco, em comparação àquelas cujos parceiros usavam preservativos menos de 5 por cento do tempo", disseram os pesquisadores, chefiados por Rachel Winer, da Universidade de Washington.
Eles acompanharam a saúde e a atividade sexual ¿ com ou sem o uso de preservativos ¿ de 82 mulheres da universidade, que mantinham diários na Internet e se submetiam a exames ginecológicos a cada quatro meses. As pacientes foram acompanhadas durante um ano.
No começo deste mês, as autoridades norte-americanas aprovaram a primeira vacina, chamada Gardisil, contra quatro tipos de HPV que supostamente são responsáveis por mais de 70 por cento dos casos de câncer de colo do útero e 90 por cento das verrugas genitais. A vacina é fabricada pelo laboratório Merck.
O HPV afeta cerca de metade dos adultos sexualmente ativos em algum momento das suas vidas, mas em geral é inofensivo. Às vezes, porém, pode criar células anômalas na extremidade do útero, que eventualmente se tornam cancerosas. Cerca de 300 mil mulheres morrem desse tipo de câncer por ano no mundo.
>> Aspirina reduz risco de derrames em mulheres e de infarto em homens.
Com base em estudos clínicos prévios envolvendo a Aspirina, os pesquisadores Jeffrey S. Berger, M.D., M.S., da Universidade de Dunkan, Durham, N.C., e seus colegas elaboraram uma meta-análise específica para os sexos masculino e feminino sobre o tratamento com Aspirina na prevenção de problemas cardiovasculares. Os pesquisadores analisaram seis experimentos totalizando 95.456 pessoas, sendo que três estudos incluíram apenas homens, um incluiu apenas mulheres e dois incluíram ambos os sexos.
Entre 51.342 mulheres, os pesquisadores identificaram 625 derrames, 469 ataques cardíacos e 364 mortes cardiovasculares. O tratamento com Aspirina foi associado a uma redução de 12% dos eventos cardiovasculares e de 17% dos derrames, como reflexo de uma redução de 24% em derrames isquêmicos. Entretanto, não foram constatados efeitos positivos no que diz respeito a ataques cardíacos ou mortes cardiovasculares.
Dos 44.114 homens pesquisados, foram contabilizados 597 derrames, 1.023 ataques cardíacos e 776 mortes cardiovasculares. O tratamento com Aspirina foi associado a uma redução de 14% em eventos cardiovasculares e de 32% em ataques cardíacos. Não houve efeitos significativos em derrames ou mortes cardiovasculares.
Os autores concluíram também que o tratamento com Aspirina durante uma média de 6,4 anos resulta na prevenção de três eventos cardiovasculares para cada 1.000 mulheres e de quatro eventos cardiovasculares para cada 1.000 homens.
“O efeito favorável de Aspirina no risco combinado de eventos cardiovasculares para mulheres e homens é evidente nestes estudos randomizados. O uso de Aspirina é também associado a um risco significativo de sangramento em ambos os sexos, mas tanto os efeitos positivos quanto negativos devem ser considerados pelo médico e o paciente antes de iniciar o uso do medicamento para a prevenção primária de doenças cardiovasculares para ambos os sexos”, concluíram os autores do estudo.
Entre 51.342 mulheres, os pesquisadores identificaram 625 derrames, 469 ataques cardíacos e 364 mortes cardiovasculares. O tratamento com Aspirina foi associado a uma redução de 12% dos eventos cardiovasculares e de 17% dos derrames, como reflexo de uma redução de 24% em derrames isquêmicos. Entretanto, não foram constatados efeitos positivos no que diz respeito a ataques cardíacos ou mortes cardiovasculares.
Dos 44.114 homens pesquisados, foram contabilizados 597 derrames, 1.023 ataques cardíacos e 776 mortes cardiovasculares. O tratamento com Aspirina foi associado a uma redução de 14% em eventos cardiovasculares e de 32% em ataques cardíacos. Não houve efeitos significativos em derrames ou mortes cardiovasculares.
Os autores concluíram também que o tratamento com Aspirina durante uma média de 6,4 anos resulta na prevenção de três eventos cardiovasculares para cada 1.000 mulheres e de quatro eventos cardiovasculares para cada 1.000 homens.
“O efeito favorável de Aspirina no risco combinado de eventos cardiovasculares para mulheres e homens é evidente nestes estudos randomizados. O uso de Aspirina é também associado a um risco significativo de sangramento em ambos os sexos, mas tanto os efeitos positivos quanto negativos devem ser considerados pelo médico e o paciente antes de iniciar o uso do medicamento para a prevenção primária de doenças cardiovasculares para ambos os sexos”, concluíram os autores do estudo.
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