Você lê o rótulo da comida, calcula as calorias, escolhe o que vai comprar --inclusive para ver se está levando ou não a perigosa gordura trans pra casa? Então, já deve ter percebido que nem todos os produtos vêm com essas informações obrigatórias. Ou então elas são impressas numa letra que, de tão minúscula, é praticamente ilegível. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) promete exigir um novo padrão nos rótulos dos alimentos fabricados. A principal mudança é que os produtos que contenham gordura trans serão obrigados a informar isso no rótulo, declarando a quantidade.
"A gordura trans é considerada um nutriente que pode trazer risco de doenças cardiovasculares, se consumido em excesso", destacou Ana Claudia Araújo, especialista em regulação de vigilância sanitária da Anvisa. "Os alimentos que mais contêm gordura trans são alguns biscoitos, salgadinhos prontos, aqueles que utilizam gordura vegetal hidrogenada na preparação."
Além da gordura trans, os alimentos fabricados a partir de 1º de agosto deste ano devem conter as seguintes informações nutricionais obrigatórias: quantidade de valor energético (calorias), carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, fibras e sódio. Quem não cumprir a determinação primeiramente poderá ser notificado pela Vigilância Sanitária.
"A normatização vai servir para todos os alimentos produzidos e comercializados que sejam embalados na ausência do consumidor. Existem algumas exceções, como bebidas alcoólicas, alguns temperos, água mineral...", explicou Ana Claudia. Os rótulos dos alimentos importados, que devem estar escritos em português, também precisam estar adequados às novas normas.
Escolhendo o mais saudável
Ana Claudia comentou a importância de o consumidor ter o hábito da leitura do rótulo. "Pode auxiliá-lo a escolher alimentos mais saudáveis". A especialista lembrou que na lista de ingredientes de um produto, por exemplo, é obrigatório que apareçam em primeiro lugar as substâncias que existem em maior proporção. "Se o primeiro ingrediente que aparece lá [na lista] é o açúcar, significa que aquele produto tem um maior conteúdo de açúcar em relação aos outros ingredientes."
A especialista contou que no site da Anvisa (na seção Espaço Cidadão) está disponível um manual de orientação ao consumidor "sobre como entender melhor as informações da rotulagem nutricional".
Rótulo ilegível
Lillian também perguntou sobre o tamanho da letra dos rótulos, citando o exemplo das embalagens de requeijão, que agora imprimem as informações nutricionais na tampa, "de um jeito virtualmente ilegível", comentou. Segundo Ana Claudia, o tamanho mínimo da letra é determinado pelo Inmetro.
Também é lei que o prazo de validade dos produtos seja impresso em tinta indelével. Caso encontre irregularidades, o consumidor pode reclamar junto à Vigilância Sanitária municipal ou estadual.
Um comentário:
Tá mais do que certo a anvisa exigir essas novas regras nos rótulos, nos consumidores temos o direito e eles tem o dever de nos informar o que contém nos produtos que consumimos,
Espero que a fiscalização seja rigorosa e que faça cumprir a nova determinação da ANVISA
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