Estudo realizado por centro de estudos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) descreve o caminho percorrido pelo ectasy até sua popularização. O levantamento do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) também traz o perfil do usuário da droga na capital paulista, segundo a Agência Fapesp.
"Entre 1993 e 1995, freqüentadores da extinta casa noturna Hell¿s Club começaram a fazer uso dos comprimidos. O segundo momento, em 1998 e 1999, foi quando a droga surgiu nas raves, festas de música eletrônica", conta Murilo Battisti, integrante do Cebrid.
O estudo levanta que um primeiro grupo era formado por usuários experientes e o segundo foi formado por aqueles que usavam os comprimidos de forma mais esporádica. Dentro deste perfil, a maioria dos usuários da droga era de classe alta, o que pode ser explicado pelo preço do comprimido, que hoje fica entre R$ 30 e R$ 50.
Os pesquisadores descobriram que os primeiros usuários do ectasy, que deve ter chegado ao País pela primeira vez a partir de Amsterdã, acreditavam que se tratava de uma "droga do bem". Essa percepção pode ser explicada porque o ecstasy, a dependência é rara e o uso da droga gera uma elevada sensação de controle. Segundo o pesquisador, a percepção dos primeiros usuários, de que a droga não fazia mal, estava distorcida. "É um droga como outras. O que mais impressiona é o dano que ela causa ao cérebro, existe realmente uma queima dos neurônios", disse Battisti.
Outros estudos do Cebrid ainda mostram que está ocorrendo uma popularização do ecstasy, que também está sendo consumida pela classe média baixa e a droga está chegando aos adolescentes.
9.8.06
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