15.8.06

>> Saúde defende integração das ações contra a dengue para evitar surtos.

O coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, defendeu anteontem (7/6), em Fortaleza (CE), a necessidade de manter a integração entre as ações de vigilância epidemiológica, assistência adequada aos pacientes, vigilância ambiental e comunicação em saúde para obter êxito no combate à doença. Afirmou também que o envolvimento da população nas atividades de eliminação dos criadouros é essencial para evitar a proliferação do Aedes aegypit, mosquito transmissor da doença. Outra importante ação é a realização do Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), prevista para o próximo mês de outubro. Esse levantamento permite identificar populações do Aedes com tempo hábil para que as prefeituras adotem medidas capazes de reduzi-las antes do período mais crítico. O coordenador do PNCD abriu, anteontem, as atividades do 3º Curso Internacional de Gestão Integrada de Prevenção e Controle da Dengue, sediado na capital cearense até o dia 18 de agosto. Também participaram da solenidade o secretário estadual de saúde do Ceará, Jurandi Frutuoso, do secretário municipal de saúde de Fortaleza, Odorico Monteiro, e do representante da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) no Brasil, Ruben Figueroa.Destinado aos coordenadores dos programas de controle da dengue nos estados e municípios brasileiros e de países do Mercosul, o curso tem por objetivo aprimorar o gerenciamento das ações contra a doença em caso de epidemia. Para aborda os seguintes temas: vigilância epidemiológica, assistência aos pacientes, aplicação de recursos financeiros e comunicação e mobilização comunitária. Também integram a programação do evento o combate ao mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypit, métodos de diagnóstico laboratorial da doença e saneamento ambiental, entre outros tópicos. As atividades, que começam sempre às 8h30, no Hotel Vila Galé Fortaleza - Avenida Dioguinho, 4.189, Praia do Futuro - se estendem até 18 de agosto.Panorama - Nos primeiros seis meses de 2006 foram registrados, em todo o país, 198,9 mil casos de dengue, 10,89% a mais do que no ano passado, quando 179,3 mil pessoas tiveram a doença. Doze estados apresentaram aumento no número de casos (Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe, além do Distrito Federal).A Região Nordeste registrou queda de 43% nas notificações de dengue. Entre janeiro e junho deste ano foram registrados 45,7 mil casos da doença na região, contra 80,3 mil no mesmo período de 2005. No Ceará a queda foi de 17% - 18,6 mil casos em 2006 contra 22,5 mil no ano passado. O estado, no entanto, é o que apresenta maior número de casos de febre hemorrágica de dengue, com 84 casos.Epidemias de grandes proporções, como a que houve em 2002, com 800 mil casos e 150 óbitos, não ocorreram em 2006, principalmente em razão da continuidade das ações de controle, acompanhadas de atividades específicas realizadas antecedendo o verão 2005/2006. Dentre essas ações, destacam-se o Dia D contra a Dengue - 19 de novembro - e o Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa).

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