Neste 29 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Fumo, o vício em cigarro ganha matizes mais perversos de acordo com novos estudos apresentados nos 11o. Congresso Mundial de Saúde Pública e no 8o. Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, realizados até 25/08, no Riocentro.
Mais pobres
A pesquisa de Dyego Leandro Bezerra de Souza prova que o consumo de cigarro debilita saúde e renda dos mais pobres. Além de estragos na saúde, o hábito de fumar em pessoas com renda familiar de R$ 320,00, o gasto com cigarros pode comprometer até 17.26% do orçamento familiar. Justamente essa parcela da população é a que menos tem condições de arcar com os custos de tratamento de doenças gerados pelo fumo.
O estudo acompanhou 82 fumantes com baixa condição de renda, com idades entre 20 e 59 anos, homens e mulheres em sua maioria pertencentes às classes D e E. A média foi de 19 cigarros por dia e o tempo de consumo de 26 anos.
Para os autores do trabalho, o consumo do cigarro atinge em cheio o orçamento familiar e compromete significativa parte da renda - que poderia ser destinada a gastos com alimentação, educação e assistência á saúde.
Cigarro light
Outro estudo, feito em 14 capitais do Brasil com quase 20 mil estudantes mostra que eles acreditam no "conto do cigarro que não faz mal à saúde", o cigarro light.
Letícia Casado Costa alerta que adolescentes fumantes e não-fumantes acreditam que cigarros de baixos teores de alcatrão e nicotina fazem menos mal à saúde. Por isso, esse tipo de cigarro atualmente é o mais fumado entre os pesquisados.
Eles também foram contabilizados numa pesquisa mundial com escolares que analisa os fatores que estão associados à iniciação ao tabagismo.
No Brasil, o trabalho sobre tabagismo foi conduzido por uma equipe do Instituto Nacional do Câncer, que levantou dados de 19.217 alunos de 339 escolas públicas e particulares de 14 estados brasileiros. Os alunos eram de 7ª e 8ª séries do ensino fundamental e da 1ª série do ensino médio.
Em algumas capitais, como João Pessoa, na Paraíba, a preferência por cigarros de baixo teor teve percentual de 63.7% entre os estudantes entrevistados, enquanto em Palmas, no Tocantins, 53.6% de escolares fumantes responderam como verdadeira a afirmativa "pessoas que fumam cigarros com baixos teores de alcatrão e nicotina - os chamados cigarros light, suaves, leves - têm menos doenças causadas pelo cigarro do que aquelas que fumam cigarros com altos teores de alcatrão e nicotina".
Entre os estudantes não fumantes de Salvador, 43.8% responderam "sim" em relação à mesma afirmativa - absolutamente falsa.
Outros trabalhos
Também estão sendo apresentados nos congressos os trabalhos Disque Pare de Fumar: Um Avanço no Controle do Tabagismo no Brasil (Cristina de Abreu Perez - Instituto nacional de Câncer; e o sugestivo Roleta Russa: Uma Forma de Combate contra o Tabagismo(Vivian Elizabeth Araújo - Escola de Enfermagem UFRGS.
Outras informações e programação completa no site: www.saudecoletiva2006.com.br
24.8.06
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3 comentários:
Chega desse papo furado de ficar falando pra parar de fumar.
Garanto que não tem um ser nesse mundo que já não saiba que o cigarro faz mal, e adianta alguma coisa?? Não. Então deixa fumar, só sentindo na pele os males do cigarro que a pessoa vai se dar conta da burrada que fez ao fumar.
Realmnete esse papinho furado de campanha contra Tabagismo é só historinha!
todo mundo sabe q cigarro faz mal e mesmo assim a galera continua no vício!
Só quem ja foi viciado sabe o que é isso...
Campanhas contra tabagismo é muito importante serem feitas, para concientizar a população do mal q faz essa droga. E muitos acha que é pouco.... quase nada!
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